Materiais:
Enviada em: 06/07/2019

Bono Vox, vocalista da banda U2, defende em suas apresentações a necessidade de que o mundo se desenvolva conservando os recursos naturais disponíveis. Trata-se de um posicionamento justo, porquanto, em uma retrospectiva histórica, verifica-se que o meio ambiente tem sido explorado indiscriminadamente, o que, em reflexo, ameaça a existência da vida animal, vegetal e humana. No Brasil, o desenvolvimento sustentável está previsto no artigo 225 da Constituição Federal, mas é desrespeitado.      Em primeiro lugar, é de se dizer que esse abuso brasileiro tem origens históricas, pois, tal como o português abateu o pau-brasil, o setor da agropecuária tem sacrificado nossas riquezas em nome de um lucro vazio. Atualmente, por exemplo, as áreas verdes da fronteira agrícola, conforme revista Exame, somem em um ritmo de 130 campos de futebol por hora; enquanto que, para ampliar a produtividade e a lucratividade, produtores rurais contaminam com agrotóxicos a água de abastecimento urbano de uma em cada quatro cidades, de acordo com dados da USP em 2019.       Evidentemente, esse modelo de crescimento econômico precisa ser repensado, afinal, se hodiernamente consumirmos os recursos à exaustão, prejudicaremos as futuras gerações. Aliás, é nesse sentido que o consultor ambiental Edis Milaré argui sobre como o desenvolvimento deveria acontecer. Diz renomado autor que, se o agente precisa poluir a água no processo produtivo, precisaria despoluí-la ao devolvê-la à natureza. Assim, usar-se-ia recursos naturais preservando-os aos próximos seres vivos.        Portanto, se o Brasil quiser estar na vanguarda do desenvolvimento, é preciso valorizar mais o preceito constitucional da sustentabilidade. É preciso que o Ministério da Educação, junto ao de Planejamento, invista recursos econômicos nas universidades públicas, onde docentes e discentes poderão desenvolver Mecanismos de Desenvolvimento Limpo, os quais poderão ser comercializados no setor privado. Assim, estimula-se a educação ambiental de conservação e se angaria renda para novas tecnologias, despontando os brasileiros como referência no mercado verde.