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Enviada em: 08/07/2019

Desde o início do século XVI, com a chegada oficial da colonização portuguesa no Brasil, cultiva-se a ideia de que nossos recursos naturais são infinitos. No entanto, graças aos avanços nas pesquisas, sabe-se hoje que tal assertiva é equívoca. Desse modo, embora existam em larga escala e, sejam utilizados do mesmo modo, é preciso desmistificar a infinitude dos recursos naturais e promover o principal instrumento de preservação relativo à hodiernidade: o desenvolvimento sustentável.        Em primeiro lugar, é fulcral conhecer a relação histórica entre meio ambiente e economia no Brasil. Desse modo, desde o período colonial, o país sempre foi majoritariamente exportador, tendo a cana de açúcar, o café e a soja, no retrospecto histórico, ocupado os principais produtos dessa pauta. Assim, atrelados ao mito da inesgotabilidade dos recursos, o uso intensivo do solo pelos latifúndios monocultores, a mecanização proveniente da Revolução Verde e a expansão da fronteira agropecuária, contribuíram significativamente para o desenvolvimento do país e do ganho de posições na geopolítica mundial, todavia, qual é o preço para a exponencialização dos lucros?        Não obstante, ao observar os descasos das iniciativas privada e pública, tal resposta é apontada. Desse modo, o desastre de Mariana, em 2015, com o rompimento da barragem da empresa Samarco, exemplifica a despreocupação da iniciativa privada com os meios ambiental e social, além de mostrar a ineficiência do poder público em salvaguardar sua população. Visto isso, percebe-se que o conceito de sustentabilidade definido na Rio-92, faz-se mais necessário do que nunca, sendo ele: a continuidade da utilização dos recursos, no entanto, com a existência de medidas protetivas com intuito de assegurar a existência dos mesmo para as gerações futuras.        Torna-se claro, portanto, que embora tenhamos uma riqueza muito vasta no tangente aos recursos naturais, o conceito de inesgotável não lhes cabe e, consequentemente, exige-se uma postura social para a efetivação do desenvolvimento sustentável. Urge, porém, que haja uma parceria entre ONG’s como o Greenpeace e as escolas do país, no intuito de promover cartilhas, palestras e seminários para educar a parcela das gerações futuras na questão da aplicabilidade do desenvolvimento sustentável, uma vez que as mesmas, como o “futuro da nação” terão inseridos nela, os próximos representantes e representados. Assim, uma vez que a sustentabilidade esteja enraizada, será possível desfrutar de sua máxima eficácia.