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Enviada em: 09/07/2019

As primeiras civilizações,no contexto da pré-história,tinham uma dependência da natureza,uma vez que a produção de alimentos e a urbanização de pequenas cidades estavam intrínsecos á preservação desse âmbito.Desse modo,com o aumento da complexidade social e a concretização do capitalismo financeiro,a demanda por matéria prima e a necessidade de conquistar o maior lucro efetivaram a concepção global de desenvolvimento em detrimento da sustentabilidade.Tal fato,no Brasil,persiste por consequência de duas razões:o descaso governamental e a falta de representatividade dos ambientalistas.    Em primeira análise,é importante salientar que Émile Durkheim afirmava que só há estabilidade na sociedade quando as instituições conseguem exercer seu papel social.Analogamente a isso,nota-se que essa teoria não se faz presente no atual tratamento referente ao aspecto ambiental,haja vista que o dever das autoridades em proporcionar um contexto de progresso e sustentabilidade -como a manutenção das fiscalizações em centrais de exploração ambiental,a exemplo as usinas -não ocorre como presente na nossa Carta Magna.Isso fica evidente no rompimento da barragem em Brumadinho,a qual impactou diversas cadeias alimentares e assassinou o Rio Doce,e nas inúmeras outras que,por falta de verba federal em contratar engenheiros e técnicos especializados,têm enormes riscos de proporcionar mais desastres ambientais.Essa infeliz realidade precisa de medidas que dissolvam essa realidade.  Em segunda análise,a falta de representatividade dos ambientalistas é um aspecto que legitima a dificuldade em conciliar o "progresso" com a sustentabilidade.Nesse sentido,o fato de o Brasil,ao logo de toda sua construção histórica,ter tido o posto de "país agricultor" contribuiu para que a existência de uma bancada ruralista,empresarial e conservadora no congresso fosse uma verdade quase imutável.Assim,nota-se,que as pautas de preservação ambiental e de novas adoções de áreas de preservações permanentes,muitas vezes,foram arquivadas não por falta de oportunidades para debates,mas pela falta de representantes na casa legislativa que tornassem primordial esse problema.Um exemplo que demonstra isso é a junção do Ministério do Meio Ambiente com o Ministério da Agricultura,em 2019,renunciando,assim,medidas em prol do ecossistema.    Logo,medidas são necessárias. O Ministério Público,já que seu dever é inspecionar a distribuição de impostos,precisa fiscalizar ações do governo federal,mediante a contratação de defensores públicos,a fim de gerar coesão entre o aspecto econômico e ambiental,como idealizado por Durkeihm. Feito isso,conciliar a sustentabilidade com o desenvolvimento capitalista ocorrerá.