Materiais:
Enviada em: 14/07/2019

Em 2019, devido a um erro de engenharia da mineradora Vale, ocorreu, no Brasil, um acidente que trouxe danos irreversíveis para o meio ambiente. Casos como este demonstram a importância de se realizar um desenvolvimento sustentável no país, ou seja, utilizar os recursos da terra de forma a não acarretar prejuízos a sua disponibilidade para as gerações futuras, além de não gerar danos ao planeta. No entanto, a falta de um Estado que fiscaliza com mais assiduidade os crimes ambientais e os poucos investimentos à reciclagem de materiais constituem os principais fatores que dificultam alcance dessa sustentabilidade, sendo necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para mitigá-los.      A princípio, é indubitável que se houvesse um maior policiamento Estadual à empresas e indústrias, esses prejuízos ecológicos seriam minorados. Em defesa da assertiva, biólogos estudantes da USP -Universidade de São Paulo- fizeram uma pesquisa que revela a existência de mais de vinte mil companhias de extração vegetal que não realizam o reflorestamento, causando problemas à fauna e à flora local. À vista disso, a universidade relatou que se fossem supervisionadas de forma mais rígida, essas organizações não tomariam atitudes criminosas como essa. Todavia, o Estado pouco realiza essa vigilância, o que aumenta mais ainda o abismo que separa a nação brasileira da sustentabilidade.       Em segunda análise, vale ressaltar que a reciclagem no país ainda é deficiente e limitada. Isso pode ser ratificado ao se sinalizar dados divulgados pela prefeitura do Rio de Janeiro, segundo os quais em muitas regiões brasileiras, lixos plásticos e eletrônicos são descartados em locais a céu aberto, que é um perigo, devido a componentes tóxicos nos eletrodomésticos e também por problemas ocasionados pelo plástico, como entupimento de bocas de lobo. Esse cenário revela a necessidade de se intensificar a reciclagem e aprimorar as técnicas desse processo, haja vista que materiais elétricos ainda são pouco reutilizados. Entretanto, conforme a UFRJ- Universidade Federal do Rio de Janeiro - mínimos investimentos das prefeituras são destinados a esse fim, o que dificulta a resolução dessa problemática.     Destarte, são necessárias ações que visem fomentar desenvolvimento sustentável no Brasil e que tenham o Estado e as prefeituras como protagonistas. O Estado, na figura do Ministério do Meio Ambiente, deve intensificar a fiscalização de empresas e indústrias, de modo a aplicar multas mais altas e realizar um policiamento mais severo, a fim de se reduzir os crimes ambientais promovidos por essas companhias. Ademais, as prefeituras municipais precisam corrigir as falhas no sistema de reciclagem e incentivar as faculdades a desenvolverem meios de reutilizar materiais eletrônicos, por meio de uma gestão mais eficiente e investimentos nas universidades, com o fito de fazer-se um uso mais consciente de produtos descartados. Decerto, assim, construir-se-á uma nação mais sustentável e desenvolvida.