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Enviada em: 11/08/2019

A ficção cinematográfica conhecida como Avatar retrata a influência negativa que o ser humano é capaz de exercer ao meio ambiente. Não sendo diferente, fora das telas, a incapacidade humana de utilizar os recursos e os bens da natureza sem comprometer a disponibilidade desses elementos evidencia que a verossimilhança existente no filme é legítima. Esse cenário traz a reflexão sobre a necessidade da mudança a fim de que seja construído um desenvolvimento sustentável. No Brasil, a irresponsabilidade estatal e a falta da consciência populacional fomentam essa problemática, tornando-se necessárias medidas para combatê-la.    Deve-se pontuar, à princípio, que o descumprimento das leis vigentes no país potencializa o problema. Isso porque, teoricamente, a Constituição Federal garante que é direito de todos um meio ambiente ecologicamente equilibrado e que cabe ao Poder Público e a coletividade a sua defesa e preservação. Sabe-se que, no entanto, ocorre a constante agressão ao patrimônio nativo, haja vista, não haver, sobretudo, a monitoração adequada das áreas de preservação no combate a biopirataria e a exploração indiscriminada dos recursos naturais. Se para a filósofa Mary Midley devemos aprender a viver de modo que ocorra a valorização conjunta do mundo natural juntamente aos interesses comerciais e econômicos, para o Estado, a lógica capitalista supera os cuidados com o ecossistema.     Vale ressaltar, ainda, que a fluidez nas relações fomentam o problema. Tal fato justifica-se pois, a questão ambiental, geralmente, não está em pauta nos diálogos do cotidiano, seja no ambiente familiar, seja no ambiente estudantil ou profissional. Dessa forma, os impactos ambientais diários passam desapercebidos, já que, não são alvo de atenção. Consequentemente, a reprodução de comportamentos são disseminados por gerações, o que, fatalmente, incentivará os indivíduos a adotarem as práticas da poluição e os descartes inadequados do lixo, por exemplo, como continuante para a descendência.   Sendo assim, os valores éticos e sociais de Midley inspiram o combate a violação do meio ambiente na complexa realidade brasileira. A partir disso, cabe ao poder público, em consonância com o Ministério do Meio Ambiente, ampliar a inspeção das áreas de conservação, por meio de aplicativos de mapeamento para o alcance em áreas de difícil acesso, com o escopo de impedir a exploração ambiental e a maioridade do poder capitalista. Ademais, compete à escola, conjuntamente com à família, elaborar fóruns de discussão pedagógica, por intermédio de mesas redondas, a fim de estimular o senso crítico e o esclarecimento dos cidadãos na proteção das riquezas naturais. Com essas mudanças, a realidade se distanciará da ficção.