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Enviada em: 09/08/2019

A expansão da fronteira agrícola, inclusive na região da Amazônia Legal, corretamente tem suscitado o debate sobre a importância do desenvolvimento sustentável no Brasil. Esse interesse é fundamental, pois se, por um lado, o uso inadequado dos recursos pode exauri-los, o manejo equilibrado, por outro, enseja ganhos econômicos adicionais.       Cabe, de início, esclarecer que a busca pelo progresso pautado pela visão imediatista conduz a graves consequências ambientais. E, nesse sentido, basta analisar a história moderna para compreender esse risco. O desastre no mar de Aral, por exemplo, foi produto da ação antrópica desregulada. Para aumentar sua produção agrícola, a União Soviética desviou parte dos rios que o alimentavam. Com isso, aumentou sua salinidade, esta, por sua vez, acarretou na morte de peixes, que eram a principal forma de renda da população local.       Em contrapartida, o Brasil tem se beneficiado financeiramente pela existência da floresta amazônica. E isso se observa na captação de mais de R$ 3 bilhões pelo Fundo Amazônia - conforme informação veiculada pelo portal G1 -, que é a forma pela qual outros países realizam doações para manutenção da maior floresta tropical do planeta. Com esse recurso, a União não só promove projetos de manutenção desse bioma, mas também financia comunidades amazônicas no desenvolvimento econômico sustentável, tal qual a produção de açaí.       É impreterível, portanto, favorecer o desenvolvimento de políticas de desenvolvimento sustentável. Para isso, o Governo Federal deve condicionar o repasse de recursos a apresentação de programas estaduais que promovam tanto a contenção do desmate quanto a recomposição ambiental. Ademais, os municípios beneficiados devem incentivar o desenvolvimento de tecnologia em cooperativas, de modo a agregar valor aos produtos extraídos, como a fabricação de produtos estéticos. Aumentar-se-ia, assim, a renda média do trabalhador, dando-lhe também mais dignidade, e não só uma forma de subsistência.