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Enviada em: 16/08/2019

Casa comum       Em 1972, na Suécia, foi realizada a Conferência de Estocolmo, primeira da ONU em que se colocou em pauta a questão ambiental. Desde então é dada muita ênfase a um conceito criado nessa conferência: o desenvolvimento sustentável. Entretanto, mesmo com tanta promoção do tema, o planeta continua sendo prejudicado  principalmente pelo padrão de vida baseado no consumismo e na exploração de recursos energéticos que desgastam e poluem em demasia a Terra.       A priori, é importante compreender que o desenvolvimento sustentável é algo que implica harmonia, pois se trata de usufruir dos recursos naturais de forma inteligente e controlada, a garantir o presente e a possibilidade de um futuro salutar para as gerações vindouras. Observa-se então a incompatibilidade entre o agir da maneira citada e o agir atual, este que é baseado na cultura do "ter" e sempre vez mais adquirir, gerando, assim, cada vez mais lixo, poluição e desgaste ambiental. Conforme o pensamento de Yves Costeau, Cineasta e Oceanógrafo, " a sociedade consumista é inimiga da terra", já que tal prática acarreta mais predatismo sobre a natureza, desequilibrando-a, a contrariar o principio de harmonia que fora proposto em Estocolmo com o desenvolver-se de modo eficiente.        Outrossim, a pior forma de desequilíbrio natural é uma matriz energética suja, ou seja, predominantemente composta por combustíveis fosseis. Segundo dados divulgados em 2019 pela Agência Internacional de Energia, 59% da matriz energética mundial é composta por fontes não renováveis, carvão e petróleo, a indicar o quão dependentes as sociedades são de meios prejudiciais a elas próprias. Ao analisar o quadro descrito, vê-se uma atitude ainda tímida por parte das nações e também uma baixa participação individual na busca por melhoras significativas na recuperação do planeta, visto que muitas pessoas enxergam tudo isso como um problema distante  que não as afetará.       Em virtude do que foi mencionado, entende-se que o cuidado para com a "casa comum" deve ser compartilhado por todos e começar desde as bases da construção moral. Assim, as escolas, por meio das disciplinas de Redação e Artes, podem trabalhar a ideia de educação ambiental, de modo a formar cidadãos que conheçam seu papel como zeladores do mundo. Consoante a isso, o Governo pode facilitar, através de incentivos fiscais, as empresas que atuam no ramo das energias renováveis, com o intento de ampliar a oferta e a gama de opções, além de favorecer o acesso do cidadão comum a tecnologias mais limpas, como a solar. Assim, poder-se-á, em conjunto, criar meios e hábitos mais consistentes de guardar o planeta das mazelas e promover um desenvolvimento mais humano.