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Enviada em: 16/08/2019

No ano de 1992, uma conferência foi realizada da cidade do Rio de Janeiro e ficou conhecida como ECO-92. O objetivo dessa, foi debater em nível mundial a importância do desenvolvimento socioeconômico com a utilização dos recursos da natureza de maneira sustentável, estabelecendo metas para os países signatários. Entretanto, apesar de sediar um dos maiores eventos mundiais com foco na preservação ambiental, o Brasil, ainda que apresente avanços socioambientais, ainda enfrenta grandes obstáculos na garantia do desenvolvimento sustentável.     Primeiramente, entende-se por desenvolvimento sustentável o uso de recursos naturais que atende as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades. Nesse sentido, o Brasil demonstra certos avanços, como o investimento em energia renovável. A matriz energética brasileira tem cerca de 70% de seu total advindo de fontes renováveis, como energia hidráulica e eólica, segundo dados do Ministério de Minas e Energia. Além disso, o Brasil lidera o ranking do ecoturismo, um segmento de atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural. A preservação do meio ambiente proporciona que o país prospere financeiramente, uma vez que o turismo, sobretudo ecológico, representou cerca de 8% do PIB brasileiro em 2018. Sendo assim, o Brasil tem mostrado avanços no uso sustentável de suas riquezas.      Contudo, apresar de progressos, o Estado brasileiro enfrenta desafios no aperfeiçoamento do desenvolvimento sustentável. O setor produtivo que mais lucra no país é o primário, com o agronegócio, que é a junção das atividades da cadeia produtiva agrícola ou pecuária. Todavia, essa atividade econômica causa grandes prejuízos ambientais, como o desmatamento. O INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, revelou que a Amazônia teve uma área desmatada em julho de 2019 correspondente a 300% a mais do que no mesmo mês no ano anterior. Junto com o desmatamento tem a perda da biodiversidade, degradação  e contaminação do solo, além do esgotamento dos mananciais. Logo, o país ainda enfrenta grandes obstáculos rumo à sustentabilidade.     Torna-se claro que o desenvolvimento sustentável é primordial na preservação do ambiente para gerações futuras, e para atingi-lo, o Ministério do Meio Ambiente, por meio de decretos, poderia ampliar o número de unidades de conservação, além de tornar a Amazônia uma unidade de Proteção Integral, na qual só é permitida recreação, turismo ecológico, pesquisa científica e educação, a fim de preservar o patrimônio biológico existente. Além disso, deputados poderiam formar uma bancada ambientalista no congresso para se contrapôr à bancada ruralista, a fim de vetar projetos de leis que flexibilizem leis ambientais, para que assim, haja uma maior preservação do meio ambiente.