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Enviada em: 23/09/2019

“Ordem e Progresso”. Por mais de um século esse tem sido o lema da nação brasileira. Escrito no céu estrelado da Bandeira Nacional, o ideal desse bordão traz um claro significado de prosperidade. No entanto, quando se analisa a importância do desenvolvimento sustentável no Brasil, é possível notar que os princípios desse slogan não correspondem com a realidade atual do país. Nesse contexto, em uma época que o Brasil não valoriza o desenvolvimento sustentável, o egoísmo e a falta de ação do Estado são os maiores fatores dessa problemática.        Em primeiro lugar, é válido destacar que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer as gerações futuras. Tal definição permite dizer que ações como reciclagem, reflorestamento, utilização de fontes renováveis e cuidado com o meio ambiente, são políticas de sustentabilidade que garantem o desenvolvimento de um país. Entretanto, para o especialista em sustentabilidade Wagner Cunha Carvalho, o Brasil ainda peca muito quando se trata de aproveitar seus recursos naturais, e a falta de incentivo do governo frente ao problema é o maior dos desafios.        Ademais, a escassa promoção de políticas públicas que visam dar condições de um desenvolvimento sustentável evidencia a incompetência administrativa do Estado. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil investe muito pouco em energias renováveis, cerca de vinte vezes menos do que os grandes países europeus. Isso se dá, principalmente, pelo egoísmo dos governantes que regem o poder público, haja vista que não se interessam com as necessidades do povo, tampouco com a preservação do meio ambiente. Sob essa ótica, é possível perceber o quão certo estava o poeta e pensador Oscar Wilde, que defendeu que egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam da forma que nós queremos.        Portanto, é mister que o Estado tome providências para reverter o quadro atual. Destarte, urge que o Ministério do Meio Ambiente crie, por meio de verbas governamentais, políticas de desenvolvimento baseadas no sistema sustentável. Tais políticas podem ser obtidas através da criação de programas de reflorestamento, e construção de usinas de energia solar e eólica, a fim de garantir controle ambiental e recursos para as gerações futuras. Além disso, cabe aos líderes governamentais, o trabalho em prol da população e do meio ambiente, para a superação dos pensamentos egoístas. Dessa forma, o Estado se mostraria eficiente nessa luta e o ideal do bordão escrito na Bandeira Nacional seria alcançado.