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Enviada em: 10/05/2018

Como já dissera Vitor Hugo: "Não há nada tão poderoso quanto uma ideia cujo tempo chegou". Esse tempo chegou para muitos dos princípios feminista, são indubitáveis, as conquistas femininas ocorridas no século passado. Contudo, culturalmente, muitos padrões arcaicos e ultrapassados, ainda se fazem presentes em nossa sociedade.       É importante pontuar, de início, que na visão do historiador brasileiro Leandro Karnal, A misoginia é o mais sólido, histórico e arraigado de todos os preconceitos. A assertiva do historiador se fundamenta no fato de que ao longo da história da humanidade, as temáticas femininas e a condição da mulher na sociedade foram pautadas por homens e definidas por homens. Contudo, no final do século XIX, as coisas começaram a mudar, foram conquistados o direito ao voto, e igualdade jurídica, logo em seguida ocorrera a luta pela redução do preconceito contra as mulheres. São inegáveis, pois, os efeitos práticos do movimento feminista, no sentido de melhorar a condição da mulher na sociedade.       Contudo, é valido salientar, ainda, que o patriarcalismo e o falocentrismo não se deram por vencidos, pelo contrário, são marcantes. No Brasil é comum escutarmos expressões como "Homem não chora" e "O homem da casa". Frases como essas endossam a tese da escritora Simone de Beauvoir, segundo a qual, a importância de defender as mulheres serve, também, para que os homens possam ser libertos do peso de oprimi-las. Assim, o feminismo não é benéfico apenas às mulheres, mas ao conjunto da sociedade.       Cabe, portanto, ao terceiro setor e à sociedade civil organizada a tarefa de impulsionar as bandeiras feministas. O terceiro setor, composto por associações que buscam se organizar para lograr melhorias na sociedade, deve conscientizar a população através de palestras e grupos de discussão na internet, quanto aos benefícios da igualdade de gênero. À sociedade civil, por sua vez, cabe repudiar e denunciar atos machistas e de violência contra a mulher.