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Enviada em: 07/07/2018

Desigualdade de gênero: uma pedra no meio do caminho       Desde a Grécia Antiga, a mulher é atrelada a função de mãe e esposa, apenas. Essa visão patriarcal e segregacionista perpetua-se até os dias atuais. Como consequência, a figura feminina ainda luta pela liberdade de expressão e autonomia do próprio corpo. Diante disso, nota-se a importância do movimento feminista na luta pelos direitos das mulheres.      Em primeira análise, cabe pontuar que a luta pela igualdade de gênero remete ao século XIX. Tal fato se dá, pois nesse período iniciou-se a chamada Primeira Onda Feminista, cujo principal  propósito era o direito ao voto—uma forma de liberdade de expressão. Contudo, mesmo com as conquistas de diversos direitos, ainda há muito a progredir. Por isso, vivenciamos a Quarta Onda Feminista, atrelada à tecnologia e que busca o fim da cultura do estupro e a desconstrução da visão da "bela,recatada e do lar".     Além disso, o feminismo prega o direito da individualidade, inclusive no âmbito gestacional. O poder de autonomia do próprio corpo é muito discutido e significa mais uma ruptura da longínqua hierarquia macho-fêmea. Dessa forma, a visão de que " o macho tem sobre a mulher uma superioridade natural", como dito por Aristóteles, se torna uma inverossimilhança.    Portanto, medidas são necessárias para atenuar o impasse.O Estado deve promover ações afirmativas, a fim de garantir a liberdade de expressão das mulheres, por meio da criação de postos de denúncia para aquelas que não a tem(liberdade de expressão)de forma assegurada. Outrossim, deve haver consultorias públicas com o propósito de descobrir o percentual de mulheres que desejam ou não a autonomia gestacional. Por conseguinte, o movimento feminista irá retirar mais pedras do meio do caminho do desenvolvimento social das mulheres, parafraseando Carlos Drummond de Andrade.