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Enviada em: 16/07/2018

Em 1953, durante o governo de Getúlio Vargas foi instaurado o direito do voto feminino, entretanto, mesmo com certos avanços, ainda existem causas a serem pautadas sobre a garantia de igualdade entre os gêneros. No Brasil, o movimento feminista luta desde a década de 80, porém, ainda nos deparamos com a falta de assistência governamental – jurídica, legislativa e executiva – assim como, os traços culturais e educacionais machistas que se perpetuam em detrimento da conformidade entre gêneros.  Nesse sentido, a negligência governamental sobre a antítese da igualdade de gênero dá continuidade a diversos problemas sociais, inegável na segurança da mulher que de acordo com a Secretaria de Políticas para Mulheres do Governo Federal, uma é violentada a cada 12 segundos, bem como, no trabalho, com salários 30% menor que os homens, na mesma função, conforme uma pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Segundo o artigo 5º da Constituição Federal do Brasil, no parágrafo 1º, “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”, porém, é indubitável reconhecer que existe uma discrepância entre as leis no papel e a efetiva prática, a qual não resolve e empobrece culturalmente nosso país.   Ademais, os traços culturais e educacionais herdados consanguineamente, trazem para nossa sociedade um desagradável convívio, pois, é notória a grande diferenciação entre gêneros em diversos setores como: a publicidade e a objetificação; o trabalho e o descrédito; a segurança e a vulnerabilidade da mulher; assim como, no ambiente familiar. Segundo Helgir Girodo, “Homens e mulheres deveriam conviver com amor e consideração, lutando pelos direitos de igualdade e se relacionando e superando cada vez mais suas diferenças”, evidencia que o movimento feminista precisa interagir com a instituição família por completo.   Portanto, o movimento de mulheres é ferramenta de suma importância para o sucesso da conquista de direitos. Logo, o Governo Federal deve criar o Ministério da Mulher, órgão competente para administrar as causas dos seus diversos setores, educacional, trabalhista, social e segurança, visando à criação de programas, leis – proteção da mulher - e sua fiel execução. Por conseguinte, a reformulação cultural deve ser impulsionada, através da mídia com a disseminação de ideias e informações, promoção de debates, exposição de denúncias na busca da desmistificação patriarcal, assim como, nas escolas com campanhas educativas, seminários, palestras, estudos de casos com objetivo de situar e integrar os jovens contra essa tradição. Assim, os direitos intrínsecos à mulher vencerão a inércia e com seus devidos movimentos resultarão em bons frutos à sociedade.