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Enviada em: 24/07/2018

"É sempre mais difícil ancorar um navio no espaço." - a frase da poetisa brasileira Ana Cristina César, relaciona-se, de maneira análoga, à realidade da mulher na conjuntura global, uma vez que estigmas sexistas estão intrínsecos na sociedade hodierna e, portanto, contribuem de maneira afluente para a disseminação de ideias e pensamentos vetustos sobre o sexo feminino. Ainda que a exiguidade de igualdade no que tange à questão de gênero faça-se real, o movimento feminista contribuiu de maneira ascensionária para o início da transformação desse cenário preconceituoso com aquela que é a progenitora de todas as civilizações.  Vale ressaltar que, ao contrário do que se acredita, a luta pela igualdade de gênero advém da modernidade. Só para ilustrar, Olympe de Gouges, no auge da Revolução Francesa, escreveu uma declaração que defendia uma maior inserção da mulher no campo social, opondo-se, de maneira direta, à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão - documento respeitável e símbolo da luta dos franceses, entretanto, escasso no que diz respeito à garantia dos direitos da mulher. Os ideais da pioneira vanguardista influenciaram gerações a lutar pelos imbróglios inaceitáveis presentes na sociedade. Destarte, o movimento feminista ganhou mais força e adeptos, os quais ansiavam por uma coletividade justa.  Em síntese, obteve resultados positivos, uma vez que nota-se um aumento das mulheres no mercado de trabalho entre a década de 1960 e o ano de 2000. Ademais, no ano de 1932, o cenário feminino nacional conquistou um direito básico, todavia, primordial: o voto. Embora sejam avanços consideráveis, ainda existe uma defasagem desmesurada na perspectiva econômica, visto que os empregos assalariados optam por contratar mulheres. Atrelado a isso, está no imaginário popular que a mulher prioriza o casamento ao trabalho. Além de ser discrepante à realidade, implica na situação econômica e social daquela que é considerada o "sexo frágil" perante a uma sociedade patriarcal.  Dado o exposto, é evidente a urgência de transformar esse cenário preconceituoso vigente na hodiernidade. Em primeiro lugar, é indubitável a necessidade de cessar a disparidade existente no setores educacionais, sociais e econômicos tangentes à mulher. Para que isso seja revertido, a criação e restituição de leis agiria de maneira benfeitora, evitando que a Constituição de 1988 seja descumprida e a desigualdade de gênero aplicada. Ademais, cabe às secretarias regionais implantar campanhas e palestras a fim de informar a classe proletária da magnitude de estreitar o papel da mulher na sociedade - é importante ressaltar que o sexo feminino é subvalorizado no mercado de trabalho. Por fim, uma vez que as medidas sejam aplicadas e cumpridas, desfrutaríamos de igualdade e justiça.