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Enviada em: 19/08/2018

Durante muitos anos, o acesso a determinados direitos sociais, econômicos e políticos esteve subjugado à diferença de gênero- o exercício do voto e o desempenho de atividades laboriais, por exemplo, eram liberalidades exclusivamente masculinas. No entanto, tal distinção legal e social, não condiz com o Estado Democrático de direito, o que torna a atuação dos movimentos feministas tão importante para a modernidade.     A primeira vitória feminina ocorreu durante o século XIX, na Inglaterra, quando trabalhadoras reivindicaram a redução da jornada de trabalho (que chegava a até 15 horas diárias)  e a melhor remuneração. A partir de então, inúmeras foram as conquistas angariadas em diferentes nações e contextos. No Brasil, o direito ao voto foi avalizado em 1897; o direito à guarda do próprio filho, em 1962; e  o direito ao divórcio, em 1977. Frise-se que todas essas transformações sociais, para além de amparar as mulheres, representam a efetivação de Direitos Humanos e a construção de uma sociedade mais justa.          Entretanto, com o afirma Simone Beuvoiur, a igualdade de gêneros ainda é uma realidade muito distante. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Governo Federal, a cada 12 segundos uma mulher é violentada; enquanto o IPEA já constatou que a cada 90 minutos ocorre um feminicídio. Além disso, a discriminação também é evidente no mercado de trabalho - o BID apurou que elas têm uma remuneração 30% inferior que a dos homens, mesmo exercendo funções idênticas. Por óbvio, o desrespeito ao sexo feminino ainda existe e deve ser sistematicamente neutralizado.    Nesse sentido, os movimentos feministas foram e são importantes. É necessário conscientizar a população de que a igualdade de gêneros não é um favor prestado às mulheres, mas uma obrigação democrática. Para tanto, o Ministério da Educação, bem como a iniciativa privada, poderia investir em campanhas e palestras educativas, além de incluir na grade curricular disciplinas que debatam o tema e incentivem o respeito à diversidade.