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Enviada em: 30/08/2018

Historicamente, o papel feminino nas sociedades foi subjugado aos interesses masculinos e tal paradigma só começou a ser contestado no século XX, a partir do fortalecimento do movimento feminista. Embora tenham sido obtidos avanços no que se refere aos direitos civis - a exemplo do direito ao voto para as mulheres, no Governo Vargas -, ainda há desigualdade entre os sexos devido ao conservadorismo e machismo de grande parte da população brasileira. Nesse sentido, é preciso que questões relativas às regalias concedidas ao sexo feminino sejam discutidas, visto que ainda há muito pelo o que lutar.       Em primeiro lugar, é importante destacar que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, todos são iguais perante a lei e, por isso, têm os mesmos direitos. Tal decreto é muito importante na efetivação dos direitos humanos, entretanto, essa não é a realidade do Brasil, uma vez que a norma é esvaziada por cidadãos e agentes públicos na prática cotidiana em consequência de preconceitos referentes ao gênero. Prova disso é o estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o qual aponta que, no país, as mulheres trabalham mais do que os homens - combinando serviços remunerados, afazeres domésticos e cuidados de pessoas - e, mesmo assim, elas ganham, em média, 25% a menos.      Além disso, a disparidade entre os sexos não está presente apenas na esfera econômica, mas, também, no campo político, cultural e social. Fato que é consequência de uma comunidade patriarcal que dita estereótipos ditos “corretos”, como é o caso exposto pela revista “Veja”, em que a mulher somente é aceita se corresponder ao molde proposto: Bela, recatada e do lar. Desse modo, percebe-se que a luta diz respeito, ainda, à liberdade de autoafirmação, a fim de desvencilhar-se de ideais arcaicos que pregam como o comportamento feminino deve ser.      Fica claro, portanto, que o feminismo é uma ferramenta poderosa na luta pelos direitos da mulher, porém, não é o suficiente para alcançar a equidade. Em vista disso, a mídia e as escolas têm de conscientizar os jovens, desde as idades iniciais, de que não pode haver superioridade entre os gêneros – seja econômica, política, cultural ou social -, por meio de palestras e campanhas, com o intuito de ratificar a importância de uma sociedade igualitária. Ademais, o Governo, em parceria do Ministério do Trabalho, deve exigir, de instituições públicas e privadas, salários iguais para ambos os sexos, caso exercerem a mesma função, por meio da fiscalização de setores responsáveis pela remuneração, para que o contraste salarial diminua.