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Enviada em: 02/10/2018

A obra intitulada "A morte de Ivan Ilitch", de Lev Tolstói, discorre a respeito da falta do senso de coletividade e crítica ao individualismo. Apesar de toda a subjetividade, a trama serve como um gancho para abordar sobre o empoderamento feminino, bem como os movimentos feministas, a partir do momento que é corroborada a dicotomia existente entre isonomia de direitos e conquistas sociais. Dessa forma, compreender o quesito abordado no âmbito político e coletivo, eis um desafio à contemporaneidade.    Considera-se, antes de tudo, que a equidade entre gêneros, apesar de crucial, não é prioridade. Diferença salarial e estereótipos enraizados nos hábitos culturais são alguns dos mais variados exemplos que o feminismo se impõe antagonicamente. De acordo com o sociólogo Jurgen Habermas, a consolidação de uma ética da discussão corrobora a implementação de âmbito morais. Nesse contexto, a máxima postulada por Habermas dissimula uma conduta que reflete ativamente no legado da temática. Afinal, a mobilização da sociedade feminina em prol de mudanças ratifica a formação de ótica dominante que contribui para geração de igualdade e integridade humana.     Analisa-se, também, como a temática abordada influencia na quebra do estigma "sexo frágil". Com o advento da cultura do "American way of life”, que vendia a imagem da mulher perfeita como a dona de casa, mãe zelosa e esposa dedicada, a maioria das sociedades fez do homem seu pilar de sustentação. Concomitantemente, foi consolidado um fértil terreno de posturas engajadas e empoderadas ao tratar-se das mulheres, uma vez que os movimentos feministas foram responsáveis pela garantia de inúmeros direitos, por exemplo, voto feminino, leis contra a violência gênero e mudanças no âmbito trabalhista. Tal fato é corroborado ao citar os dados do jornal "El País", no qual a onda de lutas por direitos cresceu em mais de 85% na última década.    Fica claro, portanto, que fazem-se necessárias medidas para tornar viável uma sociedade igualitária e que preze pela ética e moral. O Governo, junto às ONGs, deve investir e fiscalizar as leis já existentes, a fim de garantir o cumprimento da Constituição Federal Brasileira, seja por meio do uso de tecnologias para monitorar com mais rigor aos atos que infringem o legislativo, criação de centros de apoios feminino em comunidades com atendimentos profissionais, além de garantir a liberdade de expressão e permanência dos direitos já conquistados, utilizando o dinheiro dos impostos para que tais propostas sejam efetivadas. Também, é de suma importância que a mídia, como grande formadora de opiniões, difunda uma cultura de criticidade, por meio do uso de dados, documentários e matérias jornalísticas. Só assim, com a mobilização de um todo, haverá mudanças.