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Enviada em: 11/10/2018

Em junho de 2018, ocorreu na Argentina uma série de manifestações de cunho feminista, visando a descriminalização do aborto. Todavia, apesar do clamor popular, o projeto de lei sobre a pauta foi vetado no Senado. Contudo, tais acontecimentos demonstram como o movimento feminista, historicamente responsável por alcançar uma miríade de conquistas em relação à igualdade de gênero, permanece sendo fundamental na sociedade hodierna.   A priori, convém ressaltar que, no Reino Unido, durante o século XIX, teve início uma série de reivindicações posteriormente denominadas Primeira Onda Feminista. Por sua vez, esta teve como principal objetivo a conquista do sufrágio feminino. Dessa forma, seguindo o modelo das "sufragistas", mulheres nos demais países começaram a lutar por seu direto ao voto, tornando o processo eleitoral mais democrático, visto que integrou a parcela feminina da sociedade. Entretanto, ainda que a presença das mulheres na política tenha aumentado significativamente desde as manifestações da Primeira Onda, permanece presente na atualidade, uma diferença expressiva na participação política dos dois gêneros.   Outrossim, infere-se que, como sequencia a esse movimento, surgiu a Segunda Onda Feminista. Nesse contexto, diversas feministas, como a francesa Simone de Beauvoir, elaboraram teses acerca da população feminina no mercado de trabalho, destacando como este era restrito e criticando o ideário social do papel das mulheres nas famílias, limitado a atividades do lar. Contudo, devido às manifestações e a disseminação da pílula anticoncepcional, as mesmas puderam ingressar de foma definitiva no meio laboral. Ademais, setores que antes eram limitados a parcela masculina, como  o industrial, passaram a ser composto pelos ambos os gêneros. Sob esse aspecto, no entanto, ainda apresentam-se impasses. Ao realizar uma análise, é possível notar a persistência de uma alarme diferença salarial, como por exemplo o Brasil, que paga aos homens 30% mais para exercer a mesma função.    Destarte, fica patente a necessidade de apoiar os movimentos feministas, uma vez que estes representam um conjunto de conquistas ao longo do tempo. Nesse viés, nota-se que ainda existem segmentos sociais onde a isonomia entre os gêneros ainda não foi alcançada. Logo, é fundamental a elaboração, por parte do Governo Federal de políticas públicas visando combater o impasse. Então, cabe a esses o estabelecimento de sansões a empresas que apresentam disparidade salarial. Ademais, é imprescindível a formulação, por ONG's de cunho feminista, de programas conscientizadores, veiculados nos principais mídias, ressaltando a importância de um setor administrativo diversificado.