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Enviada em: 24/10/2018

Na Grécia Antiga, as comunidades gentílicas viviam sob a liderança de um líder militar e religioso, que distribuía as atividades de caça entre os homens e de coleta entre as mulheres,com a justificativa de que as mulheres possuíam natureza física frágil.Entretanto, a linearidade desse pensamento no Período Arcaico, durante o surgimento das primeiras cidades-Estado e, com isso, a emersão da vida política, fez com que essa fraqueza corporal feminina fosse relacionada à possível obsolescência intelectual,bem como a objetificação e suborno ao marido. Diante desse cenário, no século  XVIII, com o advento do Iluminismo, mulheres divergentes ao sistema patriarcal passaram a questionar seus direitos,fato que se estendeu a atualidade. Contudo, o déficit compreensivo e a existência de ideologias extremistas pré-estabelecidas socialmente, ridicularizam a voz feminina. Urge, portanto, ao Estado e à sociedade o debate relativo á igualdade de direitos entre homens e mulheres, a fim de que os erros presentes, sejam sanados.       Sobre esse viés, consolida-se o pensamento da escritora Mary Wollstonecraft no que cerne ao déficit na compreensão do movimento feminista, à medida que, muitas vezes,acredita-se que é a luta pela superioridade feminina, enquanto, isso, faz referência ao movimento femista. Além disso, segundo a escritora François Héritier,a necessidade de ascensão social e o medo de exclusão social que acomete os homens, faz com que a intolerância se torne evidente e, pequenos grupos extremistas dos movimentos femininos,como mulheres que colam absorventes usados nos postes, sejam confundidos com o verdadeiro termo e sentido do feminismo,a igualdade de direitos.       Convém ressaltar, também, a concepção de Mantoan da necessidade de saída da escola dos diferentes para a escola das diferenças,visto que, segundo o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a liberdade e igualdade é sem distinção de gênero. Com isso,a desigualdade salarial entre homens e mulheres, a objetificação do corpo feminino em campanhas publicitárias e a violência físico-psicológica acometida pelos parceiros, corroboram os direitos básicos à vida,à medida que a autonomia masculina é garantida, levando, muitas vezes, a mulher à morte.   Fica evidente,portanto,a importância da insistência do movimento feminista para o Estado e para a sociedade.Cabe,respectivamente,ao Ministério da Educação de cada país a instauração da obrigatoriedade da leitura de livros feministas nas escolas; e ao Ministério da Comunicação a criação de campanhas publicitárias,por meio da internet, que enfatizem a importância da luta pela igualdade de direitos das mulheres,a fim de que a ridicularização dos argumentos feministas e a sociedade patriarcal não sejam permanentes, garantindo, assim, a liberdade, igualdade e fraternidade de todas as mulheres.