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Enviada em: 22/02/2019

Embora construir uma sociedade livre, justa e solidária seja um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, segundo a Carta Magna promulgada em 1988, os muitos direitos negados às mulheres ao longo desses anos mostra que esse ideal ainda não foi atingido. Nesse contexto, entende-se a importância do movimento feminista para as mulheres, ao mesmo tempo em que se torna relevante compreender a falta de aceitação da causa por parte de muitos cidadãos.       Mormente, faz-se relevante analisar a difícil luta da população feminina em busca de uma sociedade mais justa. Durante o Governo Vargas, o voto feminino só foi assegurado após intensas campanhas e reivindicações das mulheres, iniciadas antes mesmo da Proclamação da República. Atualmente, conquistar o fim da violência de gênero e do feminicídio são novas pautas desse movimento brasileiro que não seria necessário se a Constituição fosse respeitada e todos vivessem em um verdadeiro Estado Democrático de Direito, que assegura dignidade, segurança e liberdade à pessoa humana.       Outrossim, o pouco apoio ao movimento feminista no país é fruto da falta de conhecimento do assunto pelas pessoas. De acordo com Manuel Castells, em sua obra "A sociedade em rede" (2004), a nova estrutura social está associada a uma nova forma de desenvolvimento, o informacionalismo. Ao tomar como norte a linha de raciocínio do sociólogo, compreende-se que para uma maior aceitação é necessário maior esclarecimento da causa, já que muitas pessoas relacionam o feminismo com o conceito de superar os homens e não o machismo, que é a o problema significativo do qual as mulheres se esforçam para combater.      Depreende-se, portanto, que o movimento feminista foi responsável por muitas conquistas na tentativa de atingir uma melhor igualdade de gênero e precisa ser estudado e discutido pela sociedade. Dessa forma, o Estado pode, em parceria com cinemas e as grandes emissoras de televisão, divulgar campanhas e esclarecimentos sobre a luta feminina por direitos antes de filmes e novelas em horário nobre da televisão brasileira, visando causar uma melhor reflexão acerca do tema para os cidadãos. Ademais, o Ministério de Educação (MEC) deve implementar no currículo escolar dos próximos anos, a relevância desse movimento e seu processo ao decorrer do tempo nas disciplinas de história, filosofia e sociologia e, na disciplina de biologia, o debate sobre o famoso determinismo biológico, que foi negado por Simone de Beauvoir, ao afirmar que o DNA não limita homens e mulheres para determinadas ações, mas sim, uma coerção social. Assim, espera-se que meninos e meninas cresçam conscientes da igualdade e do respeito, buscando sempre a garantia dos direitos assegurados por lei.