Materiais:
Enviada em: 12/04/2019

A Europa do século XVIII foi cenário para um movimento denominado sufragismo, uma ação social e política, tendo como objetivo estender o sufrágio - o direito de votar - às mulheres, tais manifestações eram de cunho revolucionário, iniciadas significativamente por mulheres, sob a consigna de “queremos ações, não palavras”. Hodiernamente, tal revolvimento é reputado como pioneiro do movimento feminista que luta pelos direitos das mulheres. Nesse contexto, cabe analisar a importância do feminismo, bem como os impasses sociais que o atravanca.   Primordialmente, destaca-se que o movimento feminista luta contra a situação de inferioridade em que a mulher ainda vive na sociedade. As reivindicações desse movimento são relacionadas à garantia de direitos e formas de opressão a que essas mulheres são submetidas. Apesar do pensamento errôneo de parte da sociedade, o feminismo não é sexista, mas sim, igualitário e busca por meio do empoderamento feminino a libertação de padrões patriarcais, baseados em normas de gênero.   Observa-se, ainda, que a Constituição Cidadã garante dignidade e direitos a todos, todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consoante a filósofa e feminista Judith Butler, o feminismo não é uma política identitária, mas uma visão poderosa de liberdade e igualdade, logo se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil, à medida que a violência contra as mulheres é alarmante. Prova disso são os dados na Organização Mundial de Saúde (OMS), revelando que a taxa de feminicídios no Brasil é de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo.   Portanto, é mister que o Estado tome medidas para amenizar a disparidade social e reforçar a luta feminista. Urge que o Ministério da Educação, promova palestras educacionais sobre a importância do feminismo e do respeito aos géneros. Faz-se necessário que o Governo tome providências à respeito da violência contra a mulher, implementando políticas públicas de prevenção, combate e apoio às vítimas. Pois, conforme a consigna do sufragismo: “queremos ações, não palavras”.