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Enviada em: 28/05/2019

Simone de Beauvoir, importante filósofa do século XX, já defendia a ideia de que homens e mulheres deveriam ter direitos iguais. Para tanto, acreditava que as diferenças seriam diminuídas com a integração da mulher no âmbito laboral. Sob essa ótica, a afirmativa se mostra verdadeira, uma vez que, no século XXI, ainda se tem lutas contra as desigualdades trabalhistas e, por outro lado, há o machismo intrínseco à sociedade.       Primeiramente, entende-se que a diferença entre direitos trabalhistas não constitui a única forma de desigualdade, pois é necessário analisar o ambiente social. Dessa forma, a atriz Emma Watson esclarece em um discurso que o feminismo não é a luta das mulheres contra os homens, mas a luta de ambos para construir a igualdade. Assim, o desejo das mulheres de ter um ambiente laboral mais igual pode começar, por exemplo, com a diminuição do machismo.      Além disso, a narrativa sexista ainda é enraizada nas diversas esferas sociais, promovendo as diferenças que excluem as mulheres, muitas vezes. Assim, se por um lado as conquistas do movimento feminista causaram uma menor distância judicial, por outro, há uma manutenção de concepções machistas inerentes à sociedade, como a crença de que as mulheres são inferiores, intelectualmente, ao homem. Consequentemente, a dicotomia entre lei e realidade interfere negativamente nas conquistas seculares do movimento e aumenta a quantidade de desigualdades.      Nota-se, portando, que a relação entre homens e mulheres deve ser aprimorada. Para que isso ocorra, é importante que o Legislativo categorize as práticas machistas como crime, por meio da integração das novas leis às anteriores, com a finalidade de diminuir os privilégios milenares do patriarcado, que ao contrário do feminismo, é percebido desde a Grécia Antiga. Além disso, empresas de tecnologia podem criar um aplicativo de denúncia, o qual permita enviar fotos e vídeos como possíveis provas dos crimes. Assim, diminuir-se-iam os vãos entre os dois sexos.