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Enviada em: 21/06/2019

A luta das mulheres por respeito e espaço não começou ontem e infelizmente não cessará amanhã, o que era para ser mais um filme de uma série, o filme, “Capitão Marvel” recebeu duras críticas por ser um filme baseado em empoderamento feminino, o que não seria correto em um núcleo onde somente homens poderiam ser os centro das atenções. O movimento feminista não busca apenas a liberdade de escolhas no que se refere a “seu corpo suas regras”, mas a uma totalidade de igualdade no que tange todos os aspectos em uma sociedade livre e igualitária. A caminhada para o alcance ao acesso à universidade foi longa e apenas em 1879 que essa conquista foi alcançada, porém não sem preconceito de toda a sociedade. Um dos exemplos mais imponentes desta luta esta na grande e espetacular cientista Rosalind Franklin, esta que em 1962, foi a pioneira na pesquisa e descoberta do DNA, “apenas uma das nossas grandes Capitães Marvel” que já existiram. Mas apesar do seu grande feito para a humanidade, ela morreu sem ter seu nome mencionado nos livros e publicações sobre a descoberta tão importante para a evolução da história cientifica. O mérito foi todo para seus colegas homens. Porque? Pois na época, se o feito fosse assinado por uma personalidade estudiosa feminina a descoberta não teria sequer o devido respaldo da sociedade científica e acadêmica da época, seus colegas não exitaram em nem sequer cita-la ao longos dos anos. Dessa forma, ao longo da história a figura feminina luta em constância para sair da sombra da figura masculina, esta sim, que necessita da figura feminina desde sua criação. Igualmente, podemos citar dentro da luta das mulheres no convívio em sociedade além de aspectos profissionais a busca constante pelo extermínio do machismo estrutural, este mesmo machismo que não permitiu os louros da descoberta a uma cientista do sexo feminino, contínua em dados apresentados em pesquisa feita pelo Data Folha. Na citada pesquisa a maioria “dos homens” entrevistados afirmam que a culpa pelas agressões, estupros, e demais violências domésticas, sofridas por mulheres são frutos da própria mulher, com a prerrogativa que as mesmas não se dão respeito e por consequência sofrem essas situações. Ficando evidente nesta singela pesquisa que ainda vivemos em uma estrutura machista com a culpabilização recaindo sempre sobre “a vitima”. Dessa forma, se faz sim, necessário à caminhada contínua para uma sociedade sem pré-conceitos tão arcaicos e machistas. O trabalho da mídia juntamente com as escolas devem se voltar a criação de propagandas com incentivos ao empoderamento feminino, mídias que sejam de alcance televisivo, alcance de grandes mídias sociais e até mesmo palestras nas escolas incentivando as meninas a lutarem por uma formação na profissão que desejarem, sem rotulação. A discussão não é apenas por pêlos nas axilas, como pensam a maioria da sociedade retógrada, mas por ser e fazer o que desejar sem medo. As discussões em âmbito acadêmico permitirão as meninas desde a infância a receberem a orientação da sua importância na história da existência humana e assegurar que cresçam com discernimento da questão do feminismo desde os primórdios. E quem sabe garantir um futuro mais livre e igualitário.