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Enviada em: 23/06/2019

Lançado em 2019, o filme Capitã Marvel, primeira produção cinematográfica da Marvel protagonizado por uma mulher, se tornou alvo de críticas por exalar representatividade e “empoderamento” feminino em um universo tão masculino, o dos quadrinhos. Não distante da ficção, o movimento feminista, que busca a equidade entre gêneros, também é um “tabu” na contemporaneidade, uma vez que, no século XXI, o preconceito e o machismo se tornam empecilhos para a manutenção de uma sociedade justa e igualitária para as mulheres.           Em primeiro lugar, vale ressaltar que o feminismo já obteve importantes conquistas as mulheres, tais como o direito ao voto – adquirido no Governo Vargas, o acesso à educação e até a recente Lei Maria da Penha, que auxilia no combate a violência doméstica. Entretanto, muitos impasses ainda são encontrados na busca pela equidade de direitos entre os gêneros, a exemplo: o machismo estrutural. Isso se torna mais claro, por exemplo, ao observar-se a questão do assédio no Brasil. Evidenciando uma cultura patriarcal e conservadora, uma pesquisa do Datafolha do ano de 2016 mostra que 1/3 da população brasileira concorda com a afirmação: “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”. Isso mostra que, embora o feminismo lute cotidianamente contra o clima de opressão, a culpabilização da vítima em decorrência do machismo em casos de violência sexual ainda é presente.            Outrossim, o preconceito com o movimento, também pode ser apontado como responsável pelo problema. Segundo o psicólogo Piaget, “O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram”. De forma análoga, suas palavras remetem sobre a importância da educação em prol do progresso nas mudanças sociais. Desse modo, é eminente que a educação aliada a parâmetros feministas pode melhorar a primeira impressão que a sociedade possui quanto ao movimento. Haja vista que, hodiernamente, o feminismo, em razão do desconhecimento, é pauta de estereótipos e más interpretações que buscam o desqualificar.             Destarte, medidas devem ser efetivadas a fim de mitigar o impasse. Desse modo, as escolas, em pareceria com a mídia, devem inserir a discussão sobre esse tema tanto no âmbito estudantil quanto nos meios tecnológicos, por intermédio de palestras presenciais e online, com a participação de especialistas no assunto que debatam acerca da importância histórica do feminismo e as consequências do machismo, com o objetivo de desenvolver, desde a infância, a capacidade de discernir atitudes irregulares a respeito dessa questão. Dessa forma, garantir-se-á que essa problemática de cunho social seja cada vez menos recorrente na sociedade.