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Enviada em: 02/11/2017

A filósofa Simone de Beauvoir, representante da segunda onda feminista, sobretudo a partir da década de 1960, autora da frase “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”, aponta para um importante fato, que é a construção social do feminino. Atualmente, sobretudo nas redes sociais, percebe-se a disseminação do movimento feminista contra tais práticas misóginas. Destarte, essa movimentação social é essencial para a garantia da igualdade de direitos prevista no artigo quinto da Constituição Federal de 1988.       Nesse contexto, é importante ressaltar que, em pleno século XXI, a disparidade entre os gêneros é grande. No Brasil, mulheres ganham em média 30% a menos do que os homens para exercer a mesma função, de acordo com uma pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Isso se deve à existência de uma ideia de inferioridade feminina que ainda vigora. Sendo assim, posto que o feminismo acredita que homens e mulheres devam ter direitos iguais, de tratamento, respeito e oportunidades, pois os dois gêneros possuem capacidade intelectual igual, é indubitável a importância do movimento, a fim de que tal realidade seja mudada para melhor. Nesse viés, um claro exemplo da relevância da luta pela equiparação de gêneros é a conquista do direito de voto feminino no ano de 1932, durante a Era Vargas.       Ademais, a persistência da violência contra mulher é alarmante. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA), a cada 10 minutos, uma mulher é estuprada. Nesse sentido, a existência de frases machistas cotidianas, as quais são reproduzidas sem nenhuma reflexão, tais como “mulher no volante, perigo constante”, contribuem para a perpetuação da falsa ideia de mulheres sejam inferiores. Desse modo, o ativismo feminista, ao buscar o empoderamento das mulheres, evidenciado na realização de manifestações por meio de protestos, assim como na veiculação de ideias, visa a desconstrução de hábitos e práticas que travam o empoderamento feminino.        Por tudo isso, faz-se necessária a adoção de medidas que valorizem a mulher, bem como os movimentos relacionados à sua emancipação. Para tanto, é imperativo que as instituições de ensino promovam debates de temas afins, nas disciplinas de sociologia e história, a fim de proporcionar conscientização e visibilidade ao feminismo. É importante, ainda, que o governo federal, em parceria com jornais e empresas de televisão, veicule conteúdos relacionados à importância da mulher na sociedade, por meio de propagandas, novelas e programas. Procedendo-se assim, será possível estabelecer um meio melhor de convivência por intermédio da valorização da causa feminista.