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Enviada em: 04/01/2018

O movimento feminista ha séculos procura erradicar a indubitável opressão e inferiorização da mulher nos mais diversos contextos sociais, conquistando avanços fundamentais para a superação de ideários patriarcais construídos historicamente. Contudo, a figura feminina ainda é alvo de desvalorização e subjugamento, mostrando que a busca por igualdade entre gêneros é, não só relevante, como indispensável na sociedade atual.   No Brasil, a desigualdade é ilustrada principalmente na diferença salarial. Dados levantados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) revelam que mulheres recebem salários, em média, 30% menores do que dos homens, mesmo exercendo as mesmas funções. Nesse sentido, o feminismo, ao promover discussões acerca de hábitos e práticas opressoras enraizadas na sociedade e incentivar manifestações de empoderamento feminino, configura-se fundamental para a reversão de tal realidade.  Segundo a filósofa Hannah Arendt em "A banalidade do mal", o pior mal é aquele que é naturalizado e tolerado social e culturalmente. Nesse viés, a alta frequência de assédios e violência contra a mulher em espaços públicos  explicita a aceitação por grande parte da população, contribuindo para a perpetuação desse mal e fazendo ainda mais necessária a existência de movimentos que reivindiquem os direitos femininos.   Diante desse contexto, vê-se a necessidade de adoção de medidas que visem não só a punição de atos ilícitos, mas a assistência à mulheres vítimas de subjugamento e violência e, também, a modificação da mentalidade e cultura patriarcal do povo. Para isso, o Estado deve assegurar unidades da Delegacia de Defesa da Mulher em todos os municípios brasileiros além de, em parceria com veículos midiáticos, transmitir em novelas,filmes e propagandas mensagens que conscientizem a população acerca da importância da igualdade de gênero e do movimento feminista.