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Enviada em: 28/05/2018

O Brasil dos dias atuais parece estar em crise democrática. Nessa, o voto é uma ferramenta do cidadão para exercício de cidadania e manutenção do Estado de direito democrático. O voto consciente é capaz de mudar a história e exerce o desejo majoritário. Isso é democracia.       Muitas nações e comunidades vivem sob ditadura. A população desses locais sonha com a democracia e, portanto, o direito ao voto. No Brasil, esse direito foi assegurado pela Constituição Federal de 1988. Antes, a história brasileira foi marcada por segregação e manipulação de resultados, quando não havia sequer consulta popular. A eleição presidencial de 1990 foi um marco para história moderna brasileira. A partir de então, a sociedade acostumou-se à eleição a cada quatro anos de presidente, governadores, deputados, prefeitos, vereadores. Os eleitos representam e decidem pela sociedade.        Contudo, os representantes, muitas vezes, são envolvidos em casos de improbidade administrativa, além de crimes e contravenções civis e penais. A amoralidade de alguns repercute mais que ações regulares e benéficas de outros. Aquela causa um mal-estar em uma parcela da população que explicita o desejo de abster-se do voto. Desde as ultimas eleições, vê-se um aumento nos índices de votos nulos e brancos. O problema é que abrir mão de direitos também é depositar em outros a decisão que será coletiva. Isso fragiliza a democracia e abre espaço para movimentos e ações manipuladoras capazes de ferir os princípios constitucionais.       Esse cenário político espalha uma ideologia que todo político é corrupto. Nisso, uma parcela da população  vota em candidatos corruptos ou suspeitos, ora por benefícios isolados, ora por simpatia. O fato é que a Lei da Ficha Limpa e um exacerbado exercício do judiciário brasileiro vêm desestruturando a velha política brasileira. Mas há de se mudar o voto inconsciente de parcela da população.       Conseguinte, a sociedade precisa conhecer o poder e importância do voto consciente como ferramenta para mudança do atual cenário político-social. O Estado, responsável pela ordem e democracia brasileira, deve investir em projetos educacionais em escola e universidades sobre política nacional  e importância do voto; deve haver criação e regulamentação de leis que prezem pela ética na administração pública. Por parte da sociedade, há de haver maior moralidade no momento do voto. Reclamar dos corruptos e não ter no voto consciente um modo de combatê-los é concordar com eles. Martin Luther King Jr. afirmava que reconhecer um mal e não combatê-lo é concordar com o mesmo.