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Enviada em: 30/05/2018

De acordo com o Foro Econômico Mundial, o Brasil é o quarto país mais corrupto do mundo e essa decadência do sistema político brasileiro é um dos fatores pelo qual as pessoas têm estigmatizado a importância do voto consciente, o que é um grave problema, visto que essa massiva atitude populacional não apenas impede as pessoas de exercerem a democracia pela qual muitos lutaram em movimentos como o Diretas Já, como também perpetua a desigualdade social na nação.       Segundo Platão, o castigo dos bons que não são ativos em sua vida democrática é ter que aceitar o governo dos maus. Fatidicamente, essa reflexão filosófica não é apenas uma teoria, até porque é algo que tem sido vivenciado na prática no país. Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, o desleixo no momento de escolher o representante social não é algo que parte apenas da irresponsabilidade dos eleitores, mas da negligencia dos candidatos eleitorais, a qual é nítida quando esses verdadeiros demagogos se aproveitam da miséria do povo e compram os seus votos, o que é ato de injustiça que dá continuidade ao ciclo de pobreza, descontentamento político e desvalorização do poder que a democracia possui, para que, posteriormente, outro governante mau seja eleito.          Outrossim, é inegável que as antigas práticas autoritárias de governo instauradas no Brasil durante o século XIX, como o Coronelismo e o Voto de Cabresto, também são a causa de tanta falta de interesse da população pela participação política, já que o histórico de repressão do povo brasileiro frente às ditaduras e à ausência de transparência na gestão pública possibilitou a formação de uma geração desinteressada e desacreditada da política. No entanto, é inadmissível que o mesmo país que lutou pelo direito de voto permaneça inerte diante dos entraves governamentais, como se as autoridades fossem os únicos responsáveis pelo futuro do país      Em vista dos fatos elencados, é imprescindível que o Ministério das Comunicações, junto às empresas privadas de telecomunicações vinculem cada vez mais sobre a importância do voto consciente e enfatizem a corrupção e o cerceamento de muitos direitos sociais como algumas das consequências da corrupção se dá até mesmo na venda de voto. Tais órgãos devem, ainda, divulgar aplicativos e sites que visam tornar os cidadãos eleitores mais sábios a respeito da política e mais seguros no que tange aos atos de seus governantes, como os aplicativos Politize e o Detector de Corrupção. É imprescindível, ainda, que o Ministério de Educação e Cultura desenvolva diversos projetos que visem banir da sociedade o hábito histórico de passividade política dos brasileiros e isso deve ser feito por intermédio de workshops, palestras e o ensino interdisciplinar sobre práticas políticas nas escolas de todo o país, amenizando, assim, esse impasse.