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Enviada em: 04/06/2018

No Brasil, o voto foi um direito conquistado. Mesmo com a Proclamação da República, em 1889, foi somente após o fim da república velha, com a revolução de 1930, através do código eleitoral que o voto universal, secreto e obrigatório foi estabelecido. No entanto, com um série de intervenções, como a dos militares em 1964, em nossa história, contamos apenas com 7 eleições presidências por voto Universal e direto. No entanto, apesar de tamanho esforço para a conquista de tal direito, é notória a falta de conhecimento político e de consciência do povo brasileiro na escolha de seu governante.         É válido ressaltar, que o futuro de uma nação é garantido pela seleção correta de seus políticos. Mesmo  com os mecanismos de transparência funcionando bem, o que vemos é a consequência do conformismo, herdado do voto de cabresto,  e do voto dado sem a análise e senso crítico do histórico político dos candidatos. Com isso,torna-se evidente a necessidade do eleitor brasileiro ter consciência de que seu direito ao voto tem valor e que dele todos colhem consequências.         Cabe salientar, outrossim, que o brasileiro não tem consciência da importância de seu voto. De acordo com pesquisas do Datafolha, cerca de 17 milhões de eleitores admitem já ter trocado voto por emprego, dinheiro ou presente, isso reflete a falta de comprometimento por parte da sociedade com o seu próprio progresso, o que comprova o pensamento de Lima Barreto, " O Brasil não tem povo tem público ". Hodiernamente, apesar de tantos escândalos e da evidência de inúmeros desvios, o que tem prevalecido é a falta de responsabilidade com o país na hora do voto.        Fica claro, então, que o que vivemos em sociedade é consequência de nosso voto. Cabe ao indivíduo, além de analisar a trajetória de vida dos candidatos, buscar diligenciar e fiscalizar cotidianamente a trajetória dos nossos escolhidos, afim de crises e problemas futuros sejam evitados com base no contexto hodierno. Cabe ouvir a frase de Alguste Conte: " Ver para prever e prever para prover".