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Enviada em: 09/07/2018

Monarquia. Aristocracia. Democracia. Essas formas de governo, principalmente, segundo Aristóteles, compunham o conjunto de bons modelos de administrações, pois visam ao bem comum. Entretanto, o que se observou, e observa-se, na história brasileira foi a existência dos sitemas negativos dessas formas de Estado, ou seja, a tirania, a oligarquia e, agora, a demagogia, aquelas as quais não buscam o bem comum. Desse modo, cabe ressaltar a importância do voto crítico para descontinuar esse regime ruim de governo. Sob essa perspectiva, deve-se analisar motivos para a exerção pouco qualitativa do direito de voto no Brasil.   Primeiramente, é válido dizer que nota-se na sociedade como um todo a negligência da capacidade de reflexão. Imersos em um cotidiano cada vez mais acelerado, no qual, como já mostrava Charles Chaplin, somos reféns do tempo, as pessoas estão cada vez menos aptas a perder, ou ganhar, tempo de seu dia para pesquisar e analisar à fundo a intenção e aplicabilidade das propostas de candidatos políticos. Dessa forma, o voto torna-se, muitas vezes, resultado de pura influência de terceiros ou de uma opinião rasa construída mediante informações sintetizadas e acríticas, o que favorece a manutenção da demagogia.     Além do pouco esforço reflexivo atual dos brasileiros pela sensação de  falta de tempo, cabe ressaltar que há um mal-estar geral acerca do cenário político, o que leva à adoção de medidas "extremas". Zygmunt Bauman já havia percebido essa crise do regime democrático e associou a vitória eleitoral de Donald Trump aos vazios deixados por governos anteriores. Ou seja, no Brasil, figuras como Jair Bolsonaro ganham destaque com suas retóricas populistas e autoritárias em um cenário de escalada da violência e corrupção. Com isso, tomados pela descrença e revolta diante da ineficiência daqueles que estão no poder, muitas pessoas arriscam a votar nos "heróis", repetindo o mesmo erro do passado, como com Jânio Quadros e Collor de Melo.    Fica claro, portanto, que a falta de preparo para o exercício da cidadania gera a manutenção da forma negativa da democracia. Diante disso, atitudes são necessárias para construir maior consciência política na população brasileira. Com esse objetivo, a mídia, principalmente por meio de telejornais e programas de auditório, podem promover debates políticos quinzenais entre candidatos e analistas polítcos de ideologias opostas em suas progrmações. Assim, por meio de questionamentos feitos entre os participantes e pelo público, os futuros concorrentes a representantes do povo irão expor propostas e visões suas de seus partidos, concedendo de forma clara e objetiva maior "material" à população para que possam construir seu senso crítico e, consequentemente, votar com mais consciência.