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Enviada em: 24/08/2018

No Brasil, o voto, durante vários séculos, foi um privilégio de um grupo restrito da sociedade. Na contemporaneidade brasileira, apesar desse direito ter sido ampliado para todos os indivíduos daquela, não é dada a devida importância para essa ferramenta democrática, porque muitas pessoas não conhecem o poder do voto consciente e o significado que a política tem em suas vidas. Isso demonstra que é necessário uma mudança nessa realidade.    Sob esse viés, é possível afirmar que foi com a Constituição de 1988 que o voto passou a ser universal e possibilitou, por meio de eleições, a escolha dos representantes e dos governantes. É nesse contexto que o voto consciente se faz importante, pois, além de representar um ato de cidadania, é com ele que se pode eleger políticos que tenham um passado limpo e que tenham propostas voltadas em prol do bem comum. No entanto, apesar dessa importância, o voto responsável ainda não é realidade na sociedade brasileira.  De fato, isso é recorrente porque em um cenário de escândalos de corrupção e de promessas não cumpridas, a descrença, por parte da população, no âmbito político aumenta como também ela julga que todos os políticos são iguais. Logo, isso promove o pensamento de que o voto não é útil para realizar mudanças nessa esfera. Atrelado a isso, ainda é persistente a compra e venda de votos e a troca de favores, como ocorria na Primeira República com o voto de cabresto. Tal conjuntura requer mais atenção para que haja a promoção de uma sociedade mais participativa e mais consciente.     Portanto, para tal finalidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode intensificar campanhas nas mídias sociais, como rádio, televisão e internet com o fito de educar a população sobre a importância do voto consciente. Além disso, o TSE também pode intensificar fiscalizações no período de eleições por meio do envio de fiscais aos locais eleitorais com o objetivo de evitar a compra e venda de votos.