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Enviada em: 02/10/2018

Durante a República Velha, na época do coronelismo, o voto de cabresto era veementemente praticado e consistia em uma política clientelista, baseada na troca de favores entre o coronel e a população - votos por bens materiais - e não no conhecimento sobre os políticos. Hodiernamente, no Brasil, ainda é possível notar esse tipo de política em que muitas pessoas são facilmente manipuladas pela falta de informação. Dessa forma, o ato de se informar, sabendo o que cabe a cada candidato fazer; o que este propõe e como essas propostas se aplicam na sociedade, é expressivamente necessário a fim de se adquirir um voto consciente.    A partir da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, durante a Revolução Francesa, tem-se a conquista do sufrágio, ainda que masculino. Com o passar do tempo, esse feito globalizou-se, afetou o Brasil e até se tornar universal - no qual todas as pessoas podem votar. Portanto, é possível relacionar o manter-se informado com o voto sábio, pois estes revelam que na medida em que o povo tem conhecimento sobre quem deve propor e criar as leis, fiscalizá-las e executá-las; além de saber quem deve investir na infraestrutura das cidades e gerir-las, ele escolherá melhor os candidatos, optará por exercer seu direito e consequentemente haverá uma melhora na sociedade.    Além disso, a Magna Carta prevê a liberdade de escolha e o direito de eleger os governadores do país e, para que os cidadãos efetivem desse direito de forma eficiente, é necessário, também, que cada pessoa busque entender as propostas dos candidatos e sua aplicabilidade em cada setor do estado. Por exemplo, se é proposta a melhoria da mobilidade urbana, então tanto o deslocamento diário quanto a saúde da população é colocada em questão. Sendo assim, o entendimento sobre a política que norteia o país é fundamental na hora de votar.    Diante dos fatos supracitados, a falta de informação implica no voto inconsciente das pessoas. Dessa maneira, o Ministério da Educação junto às escolas e às universidades devem criar um programa de educação política - que vise ensinar sobre a política atual brasileira e o que cabe a cada poder, Executivo, Legislativo e Judiciário, fazer - por meio de aulas e palestras com professores especializados no tema; além de disponibilizar um tempo para uma roda de debates para os discentes expandirem seus conhecimentos e trocarem informações e opiniões de forma respeitosa; para alunos das respectivas instituições e das comunidades da cidade a fim de que haja uma sociedade que compreende a importância do direito de votar e votar consciente.