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Enviada em: 12/10/2018

Entre os anos de 1983 e 1984 a campanha Diretas-Já mobilizava a sociedade brasileira em prol do direito de exercer o voto para presidente. Embora não concedido pelo governo militar tal reinvidicação naquele momento, a manifestação demonstrava o oposto do atual panorama democrático brasileiro. Uma vez que a antiga sede de votar contrasta com o número relevante de exercimento de tal ação como modo de protesto, aliado a isso, a continuidade de práticas herdadas da República Velha, a cooptação do voto. Prática nefasta ao exercício da cidadania, o voto de protesto é assimilado pela população como uma maneira de contestar a classe política. Apesar de não ser uma atitude recente, haja vista a candidatura do chipanzé Tião no Rio de Janeiro na década de 80, tal atitude de sobrevalorizar a cidadania prejudica a manutenção da democracia. Nesse ínterim, acrescenta-se que tal ação fornece margem ao pleito de indivíduos despreparado a função de representante, exemplo: comediantes. Paralelamente a isso, a cooptação do voto, o ato de utilizar a política como  uma plataforma para a obtenção de benefícios pessoais, seja pela população ou governantes. Nesse contexto, destaca-se a compra de voto, tal conduta demonstra por si a falta de ética e a imoralidade dos representantes do povo, assim como a inconsciência das pessoas que comercializam seu direito. Este quadro, infelizmente, remonta velhas heranças da República Velha brasileira, quando voto existia na legislação, todavia era controlado pelos coronéis locais. Portanto, é fundamental que a pratica da educação política se inicie nas escolas brasileiras, visto que para o exercício consciente da cidadania torna-se indispensável seu ensino visando a futura prática. Não apenas deve ser estimulado na teoria, mas por intermédio de simulações do pleito no ambiente escolar. Pois, com a finalidade de fortalecer a democracia torna-se crucial a valorização da sua maior virtude: o voto consciente.