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Enviada em: 02/04/2017

No ano de 2016, o impeachment da presidente Dilma Rousseff movimentou diversos debates acerca do voto e da sua importância na sociedade. Na contemporaneidade, muitos brasileiros se encontram desacreditados da política e questionam o valor do cidadão na participação desta. Fatores de ordem histórica, bem como social, caracterizam o dilema do voto no Brasil.    É importante pontuar, de início, a relevância do período da Primeira República no tema. Nesse contexto, a chamada política do café com leite teve como característica marcante o voto de cabresto, que consistia na manipulação feita pelos grandes fazendeiros nas eleições. Assim, esse fenômeno traz reflexos no Brasil contemporâneo na medida em que a questão do voto consciente ainda é um problema. A persistência da compra de votos e o desinteresse da população, segundo o site da Abril, intensificam a desilusão com a política brasileira.    Outrossim, tem-se o sistema democrático vigente no país. Desde o seu surgimento, ainda na Antiguidade Clássica, a democracia visava atender aos anseios de seus cidadãos. Nesse sentido, na atualidade, o voto tornou-se a expressão máxima da participação dos indivíduos na política. Tal fator pode ser ratificado pela relevância atrelada ao sufrágio universal, que, no Brasil, só foi alcançado em 1988.    É notória, portanto, a influência de fatores históricos e sociais na problemática supracitada. Nesse viés, cabe ao Governo, por intermédio dos órgãos responsáveis, coibir a compra de votos no país. Tal medida pode ser efetivada por meio da criação de centros de denúncia em épocas eleitorais e mediante a fiscalização de zonas periféricas nesse período, já que estas são os principais alvos dos políticos. Paralelamente, as escolas, em consonância com a mídia, devem alertar a população sobre a importância do voto consciente. A ideia é, a partir de palestras nas salas de aula e propagandas nos veículos de comunicação, instruir os eleitores acerca de sua participação na política ao votar.