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Enviada em: 27/06/2018

As obras do poeta indianista José de Alencar discorrem sobre a exaltação da natureza. Apesar de toda a subjetividade, a trama serva como um gancho para abordar a respeito do legado social e ambiental dos biomas brasileiros para a sociedade a partir do momento que corrobora com a identidade nacional. Dessa forma, discorrer sobre a temática e analisar os obstáculos que a mesma traz: eis um desafio à contemporaneidade.    É necessário considerar, antes de tudo, a fauna e a flora brasileira. De acordo com o químico Antoine Lavoisier, "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Nesse sentido, os biomas existentes em nossos territórios se fragmentam formando um ecossistema com ampla biodiversidade de animas e vegetais que se desenvolvem nessas regiões em grande potencial. Assim, a efetivação das relações humanas com o meio natural que os rodeia só é possível mediante a tamanha importância dos fatores bióticos e abióticos existentes. Pois, a temática está ativamente ligada a manutenção e preservação da vida, por exemplo, a fotossíntese, realizada pelos seres autotróficos, responsável pelo sequestro de carbono e lançamento do oxigênio na atmosfera.    Convém analisar, também, que a preservação dos ecossistemas dada a sua importância, apesar de crucial, não é prioridade. A Revolução Verde - marcada pela mecanização do campo e avanço das fronteiras agrícolas - não inocentou os biomas brasileiros, uma vez que as grande extensões territoriais aliada à alta produtividade gera um terreno fértil para práticas de destruição ambiental em prol do consumo humano. Tal fato é corroborado ao citar o "Arco do desmatamento", região onde a fronteira agrícola e o desmatamento avançam em direção à Floresta Amazônica, que segundo o Ministério Público Federal tem mais de 100 mil hectares desmatados.    Fica claro, portanto, que para tornar viável a efetivação de uma postura que garanta sustentabilidade e respeito aos biomas, fazem-se necessárias resoluções para sua plena conservação. O Ministério do Meio Ambiente, junto com ONGs, deve fiscalizar as leis já existentes, por meio de políticas públicas que visem a preservação e uso controlado dos patrimônios ecológicos, além de desenvolver medidas punitivas aplicáveis aos que infringem o legislativo, seja por meio de multas ou acordos de restauração ecológica. Por fim, a mídia, como grande formadora de opinião, deve utilizar a ficção engajada ou jornais na tentativa de gerar uma cultura de criticidade na sociedade civil, seja por meio do uso de dados, matérias jornalísticas ou documentários sobre a importância do meio ambiente e as consequências dos impactos ambientais. Só assim, com a mobilização de um todo, haverá a continuidade do legado dos ecossistemas.