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Enviada em: 17/08/2017

"Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá? " Por meio dessa pará-frase do poema "Canção do Exílio", do autor Gonçalves Dias, questiona-se o cenário de degradação em alguns ecossistemas do país. Com isso, a deficiência de políticas públicas na preservação dos biomas brasileiros, seja pelo interesse ascendente do agronegócio, seja pela negligência entre avanço econômico e sustentabilidade, incitam assim ações enérgicas.      Historicamente, a exploração das fronteiras nacionais foi estabelecida pelo pacto colonial entre a metrópole portuguesa e a terra dos tupiniquins. Todavia, mesmo com o atual êxito do setor agroexportador, o ímpeto da produção agrária e da pecuária, embasado no agronegócio, fomenta a degradação de mananciais e o desmatamento exacerbado. Prova disso, regiões como do chamado Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), estão entre os biomas do cerrado com crescente desgaste dos seus solos, além da violência observável pela ação de grileiros.         Outrossim, a relevância na fiscalização e na punição de empresas que agridem os ecossistemas do país é algo incontestável. A exemplo,o incidente ocorrido pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), em 2015, mostra o risco na displicência fiscal. Devido a isso, ambientalistas consideram o evento como o maior desastre ambiental dos últimos 100 anos da humanidade, em que além de perdas materiais e humanas, ocasionaram uma perda imensurável à fauna e flora local.           Diante dos fatos expostos, para harmonizar a preservação dos biomas nacionais aos interesses econômicos, é imprescindível o trabalho mútuo, entre Embrapa, IBAMA e Secretarias do Meio Ambiente, no intuito de fiscalizar e desenvolver técnicas agrícolas quanto ao manuseio correto das terras aos agropecuários. Ademais, à mídia e às escolas, o apoio por cam-panhas de conscientização à população sobre Educação Ambiental, torna-se essencial. Por fim, Parcerias Público-Privadas, entre Estado e empre-sas conveniadas, a fim de minimizar os danos ecológicos, como o veri-ficado em Mariana, são viés a exaltação ufanista aos moldes literários.