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Enviada em: 12/05/2017

"E para esse futuro ser feliz vamos ter que cuidar bem desse país" é assim que o compositor Toquinho reflete, na canção "Herdeiros do Futuro", sua preocupação com a seguridade dos recursos naturais brasileiros. Essa atenção ao biomas do Brasil é legítima, sabendo que tais contém parcela estimada da biodiversidade global, interferindo em diversos ciclos ecológicos e na manutenção da vida. Por conta disso, cabe analisar se a atuação humana no espaço está sendo destrutiva, intentando remodelar ações para conservação de tais ambientes vitais.   No primeiro momento da evolução humana, Período Paleolítico, foram os recursos naturais, como fauna e flora, que garantiram a perpetuação da espécie, através da coleta de alimentos e proteção. Esses mesmos fatores solidificam a sobrevivência na contemporaneidade, por mais que tal fato esteja difuso diante da imersão cotidiana ao mundo tecnológico. Dentro dessa perspectiva observa-se que ecossistemas como Amazônia e o Pantanal governam, por meio da confluência de processos vegetais e animais, o regime de chuvas e fertilidade dos solos, os quais são mecanismos decisivos para geração de alimentos, eletricidade, agricultura e estabilidade econômica do país, tendo em vista seu caráter agroexportador. Em síntese, prova-se a necessidade da preservação desses e demais biomas.    Não se pode negar que, a incessante ideia de sustentabilidade não implantou, abrangentemente, o respeito pela diversidade ecológica. Tal proposição confirma-se com a pesquisa do Instituto Internacional para Sustentabilidade, a qual mostra que, até 2050, 34% do que resta do Cerrado pode desaparecer. Esse dado, decorrente da expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste, já trouxe duras consequências, a exemplo da crise hídrica de 2015. Ademais, é relevante ressaltar que além de reflexo de pressão sistemática por lucro, as taxas vigentes de desmatamento descendem de má gestão governamental para problemas ambientais. Este panorama nacional corrobora a tese de Durkheim que atestava geração de anomias sociais pela ausência de forças coercitivas.   Em procedência aos argumentos explícitos infere-se a imprescindibilidade da conservação dos biomas brasileiros, sendo imperativo que ações sejam tomadas para concretizar tal feito. Ao encontro dessa meta cabe ao Estado ampliar as áreas de proteção ambiental permanente, aliado a criação de legislação punitiva àqueles que avancem a degradação às unidades de conservação, ambicionando reduzir os índices de desmatamento, além do estímulo do reflorestamento por amenização dos impostos a corporações privadas que desenvolvam tal ação. A sociedade, por meio da mídia e escola, deve induzir respeito e preservação dos ecossistemas visando à geração futura uma aplicabilidade eficaz da sustentabilidade, garantindo o futuro feliz desejado por Toquinho em sua canção.