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Enviada em: 12/09/2017

"Aqui se plantando tudo dá". Tal frase foi utilizada por Pero Vaz de Caminha para mensurar a riqueza ambiental dos biomas brasileiros. No entanto, essa abundância natural criou na sociedade que se desenvolvera a crença de que os recursos naturais seriam "infinitos". Fato que promoveu no país uma exploração imcompatível a manutenção da vida.    A degradação de cerca de dois terços do bioma Cerrado no Brasil demonstra o quanto a sociedade brasileira tem adotado um sistema de desenvolvimento insustentável, que de maneira hedonista  põe em risco as condições de vida das gerações futuras. Visto que, os desequilíbrios causados pela desvalorização humana dos biomas nacionais refletem a falta de respeito, altruísmo e educação da sociedade atual -que se encontra, em grande parte, imersa em valores imediatistas típicos do capitalismo. Diante disso, é perceptível a necessidade de uma mudança na mentalidade dessa nação; que deve se tornar palpável por meio "da educação libertadora", descrita por Paulo Freire como agente de amadurecimento social.    Além disso, tendo em vista o prestígio social de certas instituições, é possível criar na sociedade o apelo à valorização dos biomas nacionais por meio da integração de instituições presentes no cotidiano dos brasileiros com a causa ambiental. Assim como se observou no ano de 2017 quando a igreja- forte formadora de opnião- decidiu discutir eclesiasticamente sobre a importância dos biomas para a vida humana. Pois, como afirma Gilberto Dimenstein uma mudança na mentalidade social só é possível por meio de esforços coletivos.    Portanto, fica claro que a desvalorização dos biomas nacionais é um reflexo de como a sociedade encontra-se educada e de sua falta de convivência com a questão ambiental no seu cotidiano. Logo, a escola deve proporcionar o ensino prático da importância da preservação da fauna e flora locais por meio de ações de reflorestamento de áreas afetadas que devem ser protagonizadas pelos alunos- criando assim um vínculo de respeito entre a sociedade e os biomas ameaçados. Ademais, o governo deve incentivar a inclusão da temática do valor da diversidade natural cedendo isenções fiscais a empresas de moda, culinária, entretenimento; que passarem a adotar o discurso ambiental como objeto de inspiração para a criação sustentável dos seus produtos.