O homem cada vez mais procura usufruir da natureza em busca de seus interesses subjetivos, isto acontece por diversas razões, mas principalmente pela ambição em ter, que com o capitalismo, se torna comum. Por mais incrível que possa parecer e, diferentemente das outras linhagens animais, o Homo sapiens mostra estar disposto a destruir o seu planeta e todos os recursos naturais e outras formas de vida que o mantém vivo ou contribui para a sua sobrevivência e comodidade na terra. O mais irônico e antagônico é que justamente a única espécie que se mostra racional no mundo está diretamente ligada ao cenário apocalíptico para qual o mesmo caminha. Não é preciso ser cientista para prever catástrofes futuras, basta olhar os biomas que são o mais puro reflexo da natureza e da vida. O Brasil está em uma situação onde é querido e criticado ao mesmo tempo pela mesma causa: os biomas. Invejado por possuir um dos maiores legados que a natureza já criou e reprovado pela comunidade internacional por seus cidadãos não conseguirem parar ou frear a destruição dos mesmos. Norman Myers, renomado ecologista, criou o termo "Hotspots" no ano de 1988, onde ele descreve que biomas que possuíam grande biodiversidade endêmica originalmente e que por ação antrópica estão passando por processos destrutivos e acelerados onde a maioria já perdeu setenta por cento do total estão em estado alarmante ou "pontos quentes", traduzindo o termo. O povo brasileiro tem que se sentir envergonhado, pois o único país que possui 2 dos já citados "Hotspots" no mundo, dos 35 existente, é o Brasil representado pela mata atlântica e cerrado. No sul do país ainda existe a famosa mata de araucárias, uma ave muito famosa está inserida nesse bioma: a gralha azul que se alimenta dos pinhões das árvores ao mesmo tempo que os dissemina em uma relação ecológica benéfica e equilibrada, porém o animal se encontra já em extinção pela destruição humana do seu habitat que será acelerada pela falta do pássaro. Só no pantanal brasileiro existem mais espécies de aves que em toda américa do norte, o mesmo é a maior planície inundável do mundo e os seres que ali vivem são adaptados àquelas condições, porém tendem a desaparecer pelas atividades extensas de agropecuária. Portanto, esse é um enorme problema a ser resolvido, os grandes biomas brasileiros abrigam e mantém uma gigantesca quantidade de seres vivos endêmicos e únicos e é traumatizante pensar em um Brasil sem um deles. Quem pode salvar o planeta são as novas gerações que virão e elas precisam ser ensinadas, na escola, só o conhecimento pode parar isso. Enquanto estiver saindo pessoas do colégio com uma visão simplista e inútil da natureza isso não vai mudar. Seria ótimo os professores de biologia separarem um quinto da carga horária mensal para ensinar preservação do meio aos alunos.