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Enviada em: 16/02/2019

Durante os séculos XVII e XIX, no Brasil, muitos escravos fugiram das casas dos senhores para os quilombos. Com o passar dos anos, esses locais passaram a ser, também, a casa de diversas pessoas, fugitivas ou não. Atualmente, a perda de terras e o preconceito mascaram a rica herança histórica presente nos quilombos. Destarte, é preciso valorizar o passado e dar a eles a proteção que merecem.        Mormente, a perda de terras é, sem dúvida, um dos maiores obstáculos enfrentados, hoje, pelos quilombolas. De acordo com a Constituição vigente no Brasil, é papel do Estado e da sociedade proteger esses povos. Contudo, de modo lamentável, parece que essa Carta Magna foi escrita pelos Irmão Grimm, pois, na verdade, não passa de uma fantasia, visto que, diariamente, muitas terras são perdidas para a grande elite agropecuária. Prova disso, é que, segundo o Instituto Palmares, existem hoje, somente, cerca de 2500 comunidades remanescentes em todo o vasto território brasileiro. Dessa forma, a terra, que é essencial à cultura desses povos, é perdida e, consequentemente, toda a sociedade apaga da história aqueles que foram essenciais à formação plural dos brasileiros.       Outrossim, o preconceito também corrobora para mascaram a importância dos quilombos. Segundo o filósofo contemporâneo Lipovestky, o mundo vive hoje na Era do Vazio, na qual colocar-se no lugar do outro virou uma atitude em extinção. Nesse ínterim, por não serem empáticos, muitos brasileiros marginalizam os quilombolas, colocando-os no assustador patamar de “escravos do passado”. A exemplo dessa ignóbil realidade, observa-se que a maioria da população tem, apenas, a referência trazida nos livros de história e, muitos, sequer, sabem que existem comunidades remanescentes no país. Dessa forma, nota-se que há, infelizmente, uma desvalorização dos povos que fazem parte da formação dos tupiniquins.         Portanto, devido à importância dos quilombolas, é necessário valorizá-los. Para isso, é papel do Poder Judiciário fiscalizar a aplicação da Lei, na proteção das terras, por meio da ida constante a esses quilombos, para que a cultura desses povos mantenha-se cultivada. Ademais, cabe às escolas mostrar aos alunos o real valor dos quilombolas, mediante a jogos interativos, visto que essa é uma excelente forma de atrair a atenção das crianças, a fim de que elas tornem-se adultos empáticos e que extrapolem os livros de história. Assim, a riqueza dos quilombos será valorizada e mantida pelos brasileiros.