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Enviada em: 10/03/2019

Um simbolo de resistência a ser valorizado  Desde a época da colonização, os quilombos nunca foram bem quistos pela sociedade, muito pelo contrario, o Estado escravista agia com toda a força que o aparato judiciário lhe permitia, procurando impedir de todas as formas que os mocambos se espalhassem pelo Brasil. Hoje no século XXI ainda pode-se evidenciar resquícios desse tempo quando nega-se a importância dessa cultura e seus direitos.     Segundo uma pesquisa feita pelo jornal "Folha de São Paulo", menos de um em dez terras quilombolas no Brasil recebeu titulo de posse, contrariando o artigo 68. da Constituição Federal que garante a posse de terra aos remanescentes das comunidades dos quilombos. Isto nos mostra o quão o Brasil ainda esta longe de assumir a importância dessa etnia para a cultura da nação.     Outrossim, vale ressaltar que a cultura africana é uma das matrizes que formam a sociedade brasileira. A contribuição dessa população foi além da participação econômica, uma vez que, foram inserindo suas práticas, seus costumes e seus rituais religiosos na sociedade, e hoje não damos o devido valor e nem tratamos com respeito a cultura dos quilombos que foram, e ainda são, um simbolo de resistência a colonização.      Dessa forma, é indubitável a necessidade da valorização dos quilombos. Cabe ao Governo Federal viabilizar o artigo 68., fazendo com que a titulação de uma área quilombola seja mais rápida, com menos burocracia, além de ações do Estado na defesa de festivais escolares afro-brasileiros e na reforma da grade curricular de História e Sociologia, por meio da formação de comissões especiais na Câmara dos Deputados, com participação de especialistas na área da educação. Por outro lado, é preciso que a sociedade civil (desde estudiosos, ativistas a familiares) incentivar o conhecimento sobre a cultura africana através de palestras e de núcleos culturais gratuitos em praças públicas, objetivando formar cidadãos que entendam, que respeitem e que se orgulhem de sua cultura.