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Enviada em: 13/04/2019

A Constituição Brasileira de 1988 garante a conservação dos valores culturais dos negros. No entanto, a realidade tem sido paradoxal à lei. Isso e evidencia não só nas disputas territoriais, como também no ensino superficial no ambiente escolar sobre os quilombos e sua importância.       Em primeira instância, é importante ressaltar que as brigas por terras já habitadas pelos negros têm acabado em tragédias. Prova disso é que segundo o Jornal O Globo, em 2017, na Bahia, 6 quilombolas foram assassinados a tiros por defenderem a sua moradia. Nesse viés, é perceptível que embora existam leis que salvaguardam o patrimônio material e imaterial dos negros, as pessoas não respeitam e de forma ilegal e violenta expulsam os moradores. Por conseguinte, os costumes, danças, comidas típicas da população africana vão se perdendo em meio tantos conflitos e resistência para que seja mantida a permanência da sua história que muito agrega no Brasil.       Outrossim, o setor educacional tem negligenciado no aprofundamento da cultura afro brasileira no tecido social. De acordo com Nelson Mandela, a educação é a maior arma para mudar o mundo. Tendo em vista que ensinar sobre a miscigenação cultural, os quilombos e sua preservação de valores, ajudará os alunos a entender as suas origens e valorizar a diversidade. Assim, o respeito será mútuo e os problemas de discriminação, preconceito, seriam tratados na base da formação de um indivíduo evitando problemas futuros.        Fica claro, portanto, que medidas precisas ser tomadas para resolver esses impasses. Cabe ao Governo em consonância com o Poder Judiciário fazer mais demarcações de terras quilombolas e cumprir com a lei, punindo não só de forma coercitiva àqueles que invadirem as terras, mas também educativa, em trabalhos voluntários ajudando a população negra e conhecendo os seus valores. Ademais, o Ministério da Educação deve incluir na grade curricular disciplinas que retratam as raízes culturais brasileiras, com palestras dadas por pessoas que participam dos quilombos, a fim de que os alunos percebam e principalmente respeitam a diversidade. Assim, a geração futura não terá os mesmos problemas que a atual.