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Enviada em: 02/06/2019

Intimamente ligada ao desenvolvimento das civilizações ao longo da história, a cultura sempre foi a conexão entre o indivíduo e a sociedade, de modo a promover o bem individual e coletivo. Nesse sentido, o engrandecimento e o reconhecimento da diversidade cultural brasileira torna-se incisivo na concretização da identidade nacional, contudo a fragilidade das comunidades quilombolas, haja vista a falta de iniciativas públicas sociais, bem como a falta de reconhecimento da sociedade a essas comunidades contribuem para uma das contradições mais desfavoráveis na manutenção de uma cultura inerente ao Brasil.       É importante considerar, de início, que a falta de reconhecimento da população aos quilombos mostra-se campo fértil para o desequilíbrio desses. Nesse sentido, de acordo com o sociólogo Schopenhauer, os limites do campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo. Sob esse prisma, a falta de mecanismos corroborantes, como o papel das instituições educacionais, na valorização das diversidade étnicas brasileiras, a exemplo, dos quilombos, como parte integrante da cultura nacional, repercute, indubitavelmente, na diminuição de uma compreensão sobre a preservação desses povos e, consequentemente, uma menor participação de diferentes autores na reivindicação necessária ao amparo a associações historicamente importantes.     Outrossim, é factível que a escassez de iniciativas públicas é igualmente fator dos obstáculos no desenvolvimento desses grupos. Nesse âmbito, parafraseando o filósofo Aristóteles, as políticas sociais devem ser usadas de modo que, por meio de direitos invioláveis, como a igualdade o equilíbrio seja alcançado. Porém, contrariando essa lógica, a falta de ações públicas assistencialistas, como a disponibilidade do acesso à saúde e educação nessas comunidades, reflete diretamente na miserabilidade e no desequilíbrio da manutenção cultural desses. Com efeito, é contraditório que, em um país que se denomina desenvolvido socialmente, ainda haja o ferimento de um direito previsto constitucionalmente: o direito à integridade.        É imperioso, portanto, medidas sinérgicas no embate a esse cenário problemático. Assim, cabe ao Ministério da Educação, juntamente com as instituições escolares proporcionar um ambiente mais crítico quanto a valorização dos quilombos. Isso pode ser concretizado por intermédio de associações com as universidades que dedicam seus estudos a sociedades remanescentes, para que através de seminários e diálogos nas escolas , adaptados à compreensão de cada série, possa estabelecer, desde a base do pensamento, uma visão mais holística quanto a importância dessas comunidades, a fim de estabelecer um tecido social engajado no amparo a grupos que representam a exuberância nacional.