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Enviada em: 10/09/2019

Gilberto Freyre, em sua obra Casa grande e senzala, descreve o brasileiro como resultado da miscigenação entre brancos, índios e negros. Entretanto, sob a visão eugenista de parte da sociedade, a questão da cultura afrodescendente é vilipendiada. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: O reconhecimento da herança escravista brasileira e a importância da compreensão da cultura para dissolução de preconceitos.    Em primeira análise, é importante ressaltar que o preconceito quanto a cultura negra, no brasil, tem suas origens no período escravista. Embora hodiernamente a Constituição Federal de 1988 garanta o direito a demarcação de terras e ao respeito a cultura, não é isso que acontece. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE- cerca de 75% dos quilombolas vivem em pobreza extrema. Além disso, mesmo diante dos dados, o atual presidente Jair Bolsonaro, afirma que os índios e quilombolas não terão nem um centímetro de terra, confirmando o pensamento de Einstein que é mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito.     Ademais, a falta de políticas públicas que promovam a inclusão do povo quilombola corrobora para seu  processo de aculturação. Segundo Nelson Mandela ninguém nasce odiando o outro pela cor da pele ou quaisquer outros aspectos e a intolerância é ensinada, dessa forma, percebe-se que a falta de interação e conhecimento entre a sociedade faz com que o preconceito e o estilo de vida do povo quilombola nunca mude.     Destarte, mudanças devem ser feitas a fim de mitigar esse problema. O governo deve fazer valer a Constituição demarcando terras quilombolas e punindo de forma rígida as invasões, dessa forma o legado cultural desse povo poderá permanecer além de conscientizar a sociedade à respeito do passado. Outrossim, as escolas, como formadoras de opinião, podem desenvolver projetos como palestras com professores e quilombolas à respeito da história desse povo, contribuindo para a integração e valorização dessas pessoas.