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Enviada em: 23/09/2019

Desde 1500 com a chegada de Cristóvão Colombo e os primeiros Europeus ao Brasil, adotou-se o sistema econômico do Plantation, sistema que consistia na monocultura de cana de açúcar com mão de obra prioritariamente escravista, sendo que em sua totalidade esses eram trazidos do continente Africano transportados por navios em péssimas condições de higiene e tratados como animais. A partir desse contexto, em 1717 formaram-se os primeiros quilombos, como meio de fugir desse regime de trabalho e de resistência às ordens oriundas da coroa Portuguesa, mas esse legado cultural construído há cerca de 350 anos atrás vem se exaurindo com o passar dos anos, com o negligenciamento das autoridades governamentais à cerca  de seu simbolismo para a formação da identidade nacional.    Ademais, de acordo com dados da Fundação Nacional do Índio(FUNAI) desde esse lapso temporal com o surgimento dos primeiros quilombos até janeiro de 2018, houve redução de sessenta e cinco por cento no número de quilombos e aldeias indígenas existentes, sendo que esses dados demonstram que o índio vem perdendo sua identidade e sendo  massacrado culturalmente pelo homem branco com a imposição de seus costumes e modos de sobrevivência, pois o índio sempre foi tratado com um ser inútil e inferior em seus credos e costumes. Por conseguinte, preconceitos enraizados na sociedade do século XVIII  e vigentes, faz com que se perca uma parte importante do passado Africano em território tupiniquim, como contos, línguas, comidas, danças, formas de resistência cultural de um povo.   Outrossim, de acordo com o filósofo Inglês John Locke: '' A função é proteger e garantir os direitos naturais individuais'', sendo que os direitos naturais individuais devem ser garantido a qualquer cidadão, indiferente de sua raça, cor ou ideologia, e o índio deve ter seu direito natural à vida, à saúde e a preservação de seus costumes resguardados pelo Estado Brasileiro. Em adição, a importância dos quilombos no Brasil de hoje, não  diz respeito apenas à cultura indigenista, mas serve como exemplo das futuras gerações como forma de representatividade e resistência, como o cidadão deve ter seu lugar de fala garantida em sociedade miscigenada no sangue e na cultura.   Logo, diante da ineficiência do Governo em resguardas a cultura indígena, o Estado em conjunto com a FUNAI e Organizações não Governamentais, devem criar uma Fundação pública responsável por gerir e monitorar todos os quilombos em território Brasileiro e garantir-lhes acesso à saúde, educação básica, por meio de investimentos oriundos da exploração petrolífera da bacia pré-sal, para que se preserve e garanta os direitos individuais e coletivos do povo indígena afim de aumentar a preservação de sua cultura e diminuição do desmatamento, garantindo-lhes consequentemente uma cidadania pragmática e realmente justa e plural para todos de forma isonômica e uniforme.