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Enviada em: 04/08/2019

A dependência química no Brasil surge como um problema que exige ações inadiáveis. Segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, o país ocupa o segundo lugar entre os países que mais consomem cocaína e derivados. Com isso, nota-se que a internação involuntária de dependentes químicos no Brasil auxilia o avanço na construção de uma sociedade melhor, uma vez que beneficia pessoas em situação de vulnerabilidade social assim como previne danos ao restante da população.        Pode-se perceber que a internação inconsulta de usuários de drogas pode ser um fator determinante na integridade e saúde dos indivíduos que, devido à gravidade de sua situação, não são capazes de reconhecer que precisam de ajuda. Desse modo, ao serem retirados das ruas e levados para clinicas de reabilitação, os dependentes químicos recebem tratamento médico e psicológico para que sejam libertos do vício e possam ser reinseridos na sociedade como pessoas ativas e produtivas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a internação involuntária de toxicomaníacos, em 2013, foi responsável pela recuperação de 300 mil pessoas. Logo, a adoção da medida no Brasil possui caráter promissor à parcela fragilizada da população.     Além disso a norma ajuda a promover maior segurança para o restante dos cidadãos que, muitas vezes, são feridos ou mortos por outros que estão sob ação de entorpecentes. Na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, em 28 de junho desse ano, duas pessoas foram mortas e cinco feridas por um morador de rua que é dependente químico. Sendo assim percebe-se que a providência, consequentemente, possibilita a segurança da população, haja vista que com a retirada da ação dos químicos sobre o indivíduo o risco de violência diminui.      Assim, para garantir que a internação involuntária de usuários de drogas seja bem-sucedida, é urgente que o poder Executivo, junto ao Ministério da Saúde, destine recursos para a construção de clínicas de reabilitação, capacitação de profissionais da saúde e centros comunitários com atividade e cursos profissionalizantes que visem a reinserção destes indivíduos na sociedade. Ademais, o Ministério da Educação deve promover palestras nas escolas, ministradas por profissionais da saúde, alertando os jovens quanto aos riscos do uso de drogas, com objetivo de prevenir e diminuir o número de casos no país.