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Enviada em: 15/08/2019

Segundo a Constituição Federal, é garantido a liberdade de expressão e bem-estar social. Entretanto, a internação involuntária influencia a liberdade de escolha dos dependentes químicos e compromete o psicológico. Nesse sentido, esses desafios devem ser superados de imediato, para que uma sociedade integrada seja alcançada.   Inicialmente, vale ressaltar a falta de investimentos públicos em programas preventivos, já que o uso de drogas se torna uma válvula de escape para os usuários, ou seja, programas de entretenimento para jovens e adolescentes marginalizados, campanhas antidrogas e assistência psicológica não são incentivados pelo Estado. Logo, a causa estruturante do uso de substâncias químicas é o abandono governamental com o bem-estar da população.    Além disso, a internação involuntária desrespeita a Carta Magna e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ou seja, coloca em risco o direito de liberdade. De acordo com o filósofo Aristóteles, os desiguais devem ser tratados na medida de sua desigualdade. Sob tal ótica, dependentes químicos se encontram em uma situação fragilizada, com o psicológico danificado, e por conta disso necessitam ser compreendidos pela família, e também receberem o tratamento psicológico adequado.     Fica evidente, portanto, a necessidade de medidas para resolver esse impasse. Dessa forma, o MEC (Ministério da Educação) deve integrar nas escolas de ensino médio o acompanhamento psicoterapêutico, por meio de palestras de conscientização e terapia individual aos alunos como programa preventivo. Ademais, cabe ao Ministério da Saúde construir novos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e incluir como tratamento a redução de danos, cujo objetivo é reduzir os danos associados ao uso de drogas psicoativas em pessoas que não podem ou não querem parar de usar drogas, a fim de manter o direito de liberdade e tratar a saúde psicológica do paciente. Assim, a internação involuntária não é o melhor caminho, mas apenas a mais fácil e ineficiente.