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Enviada em: 21/08/2019

A dependência química é um obstáculo antigo em nosso país que é colocado em pauta quando o assunto é saúde e segurança, do próprio indivíduo e das pessoas ao seu redor. Com objetivo de solucionar tal problema, uma mudança nas leis que regulam as internações de dependentes químicos propõe a legalização de internações involuntárias. Porém essa medida tem dividido opiniões em meio aos profissionais da área.        Não se pode ignorar o fato de que a fiscalização de clínicas que realizam o tratamento de dependentes seja ineficiente no Brasil. E que existem inúmeras instituições clandestinas. Assim, mesmo que todas as requisições de internação contra a vontade precisem de um diagnóstico médico, essa aprovação abre espaço para práticas abusivas que violam os direitos humanos. Como torturas, sedações desmedidas, cárcere privado e trabalho forçado. Uma internação em massa é uma estratégia extrema e deve ser usada em casos extremos. Não sendo capaz de solucionar uma questão tão complexa que mexe com a vida e a mente de milhares de pessoas.       Estudos mostram que os procedimentos mais eficazes são aqueles em que, para análise e eleição do plano de ação ideal, são levadas em conta a situação e necessidade específica de cada paciente. Uma vez que, existe a possibilidade de optar por abstinência total ou redução de danos. Nesse segundo método recaídas são toleradas e o uso da droga é reduzido gradualmente. O que a médio prazo tem apresentado melhores resultados em relação a abstinência forçada desde o início do processo.       Portanto, se faz necessário enfatizar que existem diversas variáveis a serem estudadas e debatidas.  Para que um ato involuntário seja saudável e efetivo, clínicas particulares, comunidades terapêuticas e CAPS bem estruturados e com profissionais devidamente capacitados se fazem indispensáveis. Assim como, a ação dos órgãos governamentais responsáveis, realizando fiscalização periódica afim de determinar a aptidão dos funcionários e adequação das instituições.