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Enviada em: 23/09/2019

O Brasil se encontra em segundo lugar no ranking de países com o maior número de consumidores de cocaína - atrás apenas dos Estados Unidos. Logo, observa-se uma urgente necessidade de diminuir o número dessa e também das demais dependências químicas que assolam o território brasileiro. Em busca de tal objetivo, foi sancionada alterações na atual política de drogas no país. Porém, tais alterações podem apenas esconder e agravar esse grave problema.    As alterações na lei citadas anteriormente concede, na falta de parentes próximos, a autorização para servidores públicos de saúde requererem internações involuntárias de dependentes químicos. Essa medida pode ocasionar uma banalização das internações, já que o processo para isso se tornaria mais facilitado. Logo, é possível que aconteça internações em massa, apenas para retirar esses dependentes das ruas e esconder a situação dos olhos públicos, ao invés de resolve-la.    Além do mais, ao saber que hoje muitos funcionários dos servidores de saúde públicos atuam diretamente no tratamento dos dependentes químicos, tal mudança na lei pode quebrar o vinculo de confiança existente entre os funcionários e o dependente. Em virtude desse afastamento, muitos usuários de drogas podem não aceitar voluntariamente outros tipos de ajuda que não sejam a internação, levando ao agravamento do vício.   Portanto, o Sistema Legislativo deve descartar as alterações propostas afim de evitar tais problemas apresentados. A longo prazo, o Estado deve diminuir o número de dependentes químicos no país. E para isso, o governo pode adotar medidas efetivas que já estão em prática em países da Europa, como a distribuição de drogas -ministrado pelo próprio Estado- aos viciados. Essa distribuição de drogas iria ser, ao decorrer do tempo, diminuída pelo próprio governo afim de não utilizar a abstinência para resolver o problema, e sim a diminuição gradativa do uso.    Assim, ao contrário de agravar e esconder, tais medidas podem promover um passo a frente na diminuição de dependentes químicos no Brasil.