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Enviada em: 10/07/2018

Prós e contras da informatização estudantil        A rede mundial de computadores possibilitou o acesso ao aprendizado a diversos indivíduos que por algum motivo não poderiam frequentar as salas de aula convencionais. Conforme o escritor Paulo Freire a educação tem o poder de transformar a sociedade. Nesse contexto, a internet encorajou a criação de cursos à distância, modalidade que vem se tornando comum, principalmente no ensino superior. No entanto, a falta de controle adequado desses cursos pode gerar o sucateamento do ensino, visto que as instituições, muitas vezes, priorizam seus lucros, em detrimento da qualidade.        Em primeiro lugar, a disponibilidade dos cursos na modalidade EAD oferece oportunidades a uma diversidade de indivíduos. Pessoas com pouco tempo e recursos financeiros escassos têm a chance de estudar em casa, sem custos com o deslocamento. Além disso, portadores de necessidades especiais com dificuldades para se locomover também podem aprender. De acordo com o site Época o ensino à distância teve expansão de 3,9 %, em 2015. Essa estatística mostra o aumento da confiança dos brasileiros nesse método, além do oferecimento de uma variedade de especialidades.        Entretanto, a educação tornou-se um negócio lucrativo no Brasil e nem sempre as instituições estão comprometidas a oferecer o melhor conteúdo aos alunos. O filósofo Padre Antônio Vieira dizia que “a boa educação é moeda de ouro”. Em oposição a essa ideia, faculdades sem compromisso com a qualidade formam profissionais que inflam o mercado, devido à preparação ineficiente. Ademais, no modelo presencial de ensino, os alunos aprendem a trabalhar em equipe e a conviver com as diferenças, características estas inexistentes no EAD.        Deve-se, portanto, adotar mecanismos para aproveitar o potencial positivo da rede nos estudos. Cabe ao Ministério da Educação fiscalizar os cursos oferecidos, à distância, através da análise dos conteúdos oferecidos e da aplicação de avaliações periódicas aos alunos, a fim de coibir o oferecimento de capacitações ineficientes à população. Os estudantes interessados e suas famílias devem, antes de realizar a matrícula, pesquisar o conceito da faculdade e da carreira desejada no site do MEC, para garantir a adesão ao ensino efetivo, não somente lucrativo para as empresas do ramo.