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Enviada em: 28/08/2018

O uso da Internet como meio de aprendizagem proporcionou a simultaneidade por meio da quebra de barreiras físicas e temporais, na qual o educador poderá transmitir sua informação à um número ilimitado de estudantes pelo usufruto de ferramentas do hipertexto e da edição de vídeos e infográficos, sem a necessidade de infraestrutura espacial ou a determinação cartesiana de horários. Todavia, a informatização acarreta ao desafio da disciplina e da criticidade, haja vista o encantamento visual proporcionado pelos recursos de marketing, que associados à endereços eletrônicos a serviço da absorção do indivíduo em um continuum virtual, com temáticas dissociadas do objetivo inicial de pesquisa, carregam-no ao abismo da desinformação.       Tal navegante é facilmente visualizado nos sites de notícias de âmbito social ou político, bem como nas redes sociais, deflagrando ideologias pautadas no ódio e na personificação sintética do posicionamento de outrem, a partir de comentários, fatos ou preferências diversas. Essa dificuldade de discernimento impede e ou atrapalha a formação de debates construtivos,  que são transmutados no digladiar de opiniões simplistas, ou no ataque direto. Doravante, aos brasileiros, em especial, é inteligível a dificuldade na aplicação dos direitos humanos em meio virtual, como reflexo dessa tentativa frustrada de efetividade da democracia no próprio cotidiano tangível.        Evidenciados pela Constituição Cidadã, com apenas trinta anos de promulgação e um passado de escravidão, oligarquia e contrastantes desigualdades sociais, o país patina na demagogia. Logo, para desfrutar das possibilidades interativas oferecidas pela tecnologia virtual, o indivíduo necessita ser previamente treinado às funcionalidades das ferramentas da informática, à utilização das plataformas e redes sociais, e aos direitos e deveres que o mesmo possui, na navegação. Em suma, na visualização ao custeio do aprendizado online, a possibilidade de optar por cursos e faculdades à distância, é uma das maneiras de equalização social dos indivíduos, em acesso ao conhecimento.      Portanto, a instalação de antenas de transmissão e a oferta de laboratórios de informática, de acordo com a densidade demográfica, devem ser medidas implementadas pelas Prefeituras Municipais em coalização à Lei das Diretrizes Orçamentárias. Consoante a isso, a implementação de programas online gratuitos pelo MEC, para o desenvolvimento do convívio virtual, tal qual a plataforma americana DQ Institute (Instituto de Inteligência Digital), que propõe o aprendizado de regras de segurança e empatia na Internet, fomentariam à autodefesa do indivíduo contra os golpes virtuais e a disseminação de preconceito online. Ademais, a divulgação de ONGs nas redes sociais, como a SaferNet, que oferece meios para a denúncia de crimes online, possibilitarão a democratização do conhecimento.